A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil alerta a população para algumas medidas preventivas a adoptar com condições meteorológicas adversas.De acordo com a informação do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), prevê-se,para as próximas 48 horas, precipitação, por vezes forte, salientando-se os seguintes aspetos:− Precipitação, por vezes forte e persistente, nas regiões do Norte e Centro. No dia 15,chuva persistente nas regiões Norte, Centro e Alentejo;− Vento do quadrante este-sueste a rodar gradualmente para o quadrante sul a partir deamanhã (14/01), e a aumentar de intensidade em especial no litoral e nas terras altas. De acordo com a informação hidrológica disponibilizada pela Agência Portuguesa do Ambiente(APA), o ponto de situação nas bacias hidrográficas é o seguinte:− Bacia hidrográfica do Lima: poderá ocorrer uma subida das afluências no rio Vez eno Lima;− Bacia hidrográfica do Cávado: no final de dia 14 e madrugada de dia 15 poderáocorrer uma subida de caudais nas localidades a jusante da Caniçada e de Vilarinho dasFurnas;− Bacia do Vouga: no final de dia 14 e madrugada de dia 15 poderá ocorrer uma subidade caudais afluentes a Ribeiradio e nas localidades a jusante da barragem e poderáocorrer uma subida de caudais afluentes a Águeda;− Bacia do Mondego: poderá ocorrer uma subida das afluências ao sistema Aguieira,Raiva e Fronhas;− Bacia Hidrográfica do Tejo: possibilidade de inundações urbanas. Com o agravamento das condições meteorológicas adversas, com precipitação por vezes persistentee forte, intensificação do vento e agitação marítima, pode verificar-se a ocorrência de inundações em zonas urbanas, causadas por acumulação de águas pluviais por obstrução dos sistemas de escoamento ou por galgamento costeiro; a ocorrência de cheias, potenciadas pelo transbordo do leito de alguns cursos de água, rios e ribeiras; a instabilidade de vertentes, conduzindo a movimentos de massa (deslizamentos, derrocadas e outros) motivados pela infiltração da água, fenómeno que pode serpotenciado pela remoção do coberto vegetal na sequência de incêndios rurais, ou porartificialização do solo; a piso rodoviário escorregadio devido à possível formação de lençóis de água; possibilidade de queda de ramos ou árvores, bem como de afetação de infraestruturasassociadas às redes de comunicações e energia; danos em estruturas montadas ou suspensas e d ificuldades de drenagem em sistemas urbanos, nomeadamente as verificadas emperíodos de preia-mar, podendo causar inundações nos locais historicamente maisvulneráveis.A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) recorda que o eventual impactodestes efeitos pode ser minimizado, sobretudo através da adoção de comportamentosadequados, pelo que, e em particular nas zonas historicamente mais vulneráveis, se recomenda aadoção das principais medidas preventivas para estas situações, nomeadamente:− Garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada deinertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livreescoamento das águas;− Garantir uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placardse outras estruturas suspensas;− Ter especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estandoatento para a possibilidade de queda de ramos e árvores, em virtude de vento mais forte;− Ter especial cuidado na circulação junto da orla costeira e zonas ribeirinhashistoricamente mais vulneráveis a inundações rápidas, evitando a circulação e permanêncianestes locais;− Adotar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tomando especial atenção àeventual acumulação de neve e/ou formação de lençóis de água nas vias rodoviárias;− Não atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ouviaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas;− Estar atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civile Forças de Segurança.