Está feito o balanço de sete anos da atual direção do Centro Hospital do Tâmega e Sousa. Liderada pelo Dr. Carlos Alberto Silva a equipa que está há 7 anos em funções faz um balanço que considera ser positivo. Em comunicado enviado às redações detalha o que de positivo e negativo fica de um trabalho que enfrentou a pandemia de Covid-19. “Nestes 7 anos, entre outras coisas, tivemos de enfrentar a COVID19 que, depois do sobressalto inicial e durante mais de 2 anos, se transformou no maior desafio das nossas vidas, que nunca imaginávamos possível, e que, particularmente nesta região, se fez sentir de modo que ninguém mais há-de esquecer.”, começa por referir o comunicado. “O número de Consultas aumentou de 300.000 para quase 400.000 anualmente, com a introdução de novas especialidades e com crescimento muito expressivo no Hospital S. Gonçalo em Amarante. “ revela a equipa. As cirurgias e os doentes internados também cresceram sempre, ao longo dos 7 anos, tendo sido muito visível o crescimento verificado no Hospital S. Gonçalo em Amarante, fundamentalmente nas cirurgias de ambulatório e dos internamentos em Medicina Interna. A resposta às listas de espera para cirurgia é genericamente muito boa, ao nível das melhores do país, embora haja algumas limitações, nomeadamente na Ortopedia, muito devidas à tremenda carga de traumatologia na região, que impede que se possa dar resposta atempada aos doentes em espera, para se assegurar esta resposta mais urgente/emergente, apesar da enorme entrega e dedicação dos profissionais do serviço.” Consideram “amargos de boca” o que não conseguiram alcançar no melhor servir da população, apesar dos esforços dos profissionais. “Não se conseguiu a redução do número de pessoas que se deslocam à urgência (ao contrário, essa afluência aumentou), apesar das diversas tentativas feitas nesse sentido e das diferentes acções levadas a cabo, interna e externamente.” …” Não se conseguiu, apesar da dificuldade da situação, encontrar a dose de imaginação e criatividade que permitisse diferentes respostas ao serviço de urgência, sem dúvida a grande marca que penaliza a reputação do CHTS e afecta injustamente o esforço dos profissionais. Não conseguimos que a tutela ficasse sensível para a relevância desta vasta população e do reforço de recursos (humanos, financeiros e materiais) que continua a ser necessário, apesar dos aumentos anteriormente referidos. Trabalhamos sempre com poucas pessoas, pouco dinheiro e com escassez de instalações e equipamentos. A base de partida era muito baixa e ficamos ainda longe daquilo que seria necessário.” … “Não fomos capazes de obter a autorização da tutela para avançar com o plano de investimentos de cerca de 40 milhões de euros, previstos no Plano de Actividades, e que permitiria alargar, com cerca de 10.000 m2 de nova construção, o espaço de internamento (pelo menos mais 50 camas), aumento dos gabinetes de consulta, aumento das salas de bloco operatório e das camas de cuidados intensivos. Não fomos capazes de garantir boas respostas nas listas de espera para consultas em algumas especialidades, muitas vezes devido à falta dos espaços para o efeito, dado que, em alguns casos, já existem os médicos disponíveis. Fizemos o mais difícil (fixar os profissionais).” Em positivo fica “a remodelação muito significativa do edifício do Hospital Padre Américo com o apoio do financiamento comunitário de uma candidatura para a eficiência energética no valor global de 5 milhões de euros, a aquisição de um equipamento de Ressonância Magnética, a construção de um Hospital de Dia e um espaço para a Hemodiálise e para a Pneumologia, um novo espaço da Maternidade, Centro Oftalmológico no Hospital S. Gonçalo em Amarante e a Clínica do Pé Diabético. Ainda acrescenta a direção em comunicado “Renovamos um conjunto muito diverso de equipamentos como Camas (grande número das existentes ainda eram do tempo da construção do hospital, com cerca de 15 anos), TACs, Ecógrafos, Equipamentos Cirúrgicos, etc.” … “Criamos um espaço para a Hemodinâmica, dando assim muito melhores condições ao serviço de Cardiologia para poder prestar uma assistência excepcional aos nossos utentes, nesta área tão sensível e para a qual estamos hoje particularmente bem apetrechados.” Criamos o serviço de Hospitalização Domiciliária, indo ao encontro das novas tendências de garantia de assistência fora do ambiente hospitalar, na residência, para os doentes que reúnam condições para o efeito. Constituíram-se equipas comunitárias de saúde mental da infância e da adolescência e de adultos, que passaram a dar assistência descentralizada pelo território, nomeadamente nos Concelhos mais distantes de Baião, Resende e Cinfães, mas também em Lousada e outros.” Está em fase avançada de construção (deverá ser inaugurado no 1º trimestre de 2024) o novo espaço do serviço de urgência do Hospital Padre Américo, para tentar minimizar os constrangimentos existentes nesta que é uma das maiores urgências do Norte do país (superior aos hospitais de Gaia, Santo António, Vila Real, Viana do Castelo, Matosinhos, Guimarães, etc.). Como já foi avançado no final do ano passado, Nélson Pereira, diretor do serviço de Medicina Intensiva do Hospital de São João, vai ser o próximo diretor do CHTS.