A autarquia de Paredes promoveu uma sessão de esclarecimento sobre a vespa asiática que contou com os melhores especialistas nacionais.

A sessão aconteceu no passado sábado, no auditório da Casa da Cultura. A Vespa velutina, originária do sudeste asiático, foi introduzida na Europa, via França, em 2004 e foi detetada em Portugal poucos anos volvidos, em 2011. Tem constituído desde então um problema ecológico crescente, uma vez que os seus hábitos predatórios estão a afetar as comunidades de abelhas e de vespas autóctones, das quais se alimentam parcialmente. Como oradores convidados estiveram o biólogo José Grosso-Silva, investigador do CIBIO/InBio (Universidade do Porto), que estuda a fauna entomológica de Portugal desde 1994. Falou sobre a biologia e expansão pela Europa da Vespa velutina. Miguel Maia, engenharia zootécnico fundador da Apismaia, abordou as potenciais consequências da Vespa velutina na apicultura portuguesa. Marco Portocarrero, cidadão de Caminha que abriu uma autêntica guerra à vespa asiática e já dizimou as populações de mais de 70 ninhos no Alto Minho, utilizando uma cana de pesca telescópica adaptada, um inseticida doméstico e material de escalada, também foi um dos oradores convidados. Também estiveram presentes Ricardo Marques, da direção nacional da associação ambientalista Quercus, e Pedro Santos, técnico ambiental da empresa Enxame d'Abelhas.