A empresa Iberdrola realizou, no dia 9 de fevereiro, a apresentação pública do Sistema Electroprodutor do Tâmega (SET), em Ribeira de Pena. Este projeto envolve a construção de três barragens (Daivões, Alto Tâmega e Gouvães) e a criação, no pico da obra, de 3500 empregos diretos e 10 000 indiretos.
A Associação Ambientalista GEOTA voltou a afirmar-se contra a construção das três novas barragens do Alto Tâmega e acusa projeto de representar "uma fraude" contestando os números de produção elétrica apresentados pela concessionária Iberdrola. A saber que a companhia espanhola, Iberdrola, revelou, ontem em Ribeira de Pena, que as três barragens vão ser construídas a partir de 2023, produzindo depois anualmente 0.6% do consumo elétrico do país. Ontem foi dito pela diretora comercial da companhia espanhola que" se trata de uma das maiores iniciativas da história de Portugal no setor da energia hidroelétrica". O investimento é de 1500 milhões de euros. Já o presidente da Câmara Municipal, Rui Vaz Alves, referiu a importância de continuar a desenvolver uma estratégia sustentada que privilegie a contratação de mão de obra-de-obra local, para que a construção deste Sistema represente um real benefício para a economia da região. O edil realçou ainda a sua preocupação com as questões ambientais, as reposições, as compensações e as contrapartidas devidas aos Ribeirapenenses afetados pela construção deste empreendimento. Por sua vez, o Secretário de Estado do Ambiente, Carlos Martins, salientou o contributo significativo deste projeto baseado na produção de energia a partir de fontes renováveis, para cumprir os compromissos assumidos pelo Estado, no âmbito do Acordo de Paris, no respeitante à implementação de medidas políticas de combate às alterações climáticas.
Efetivamente, o SET é um dos maiores projetos hidroelétricos realizados na Europa nos últimos 25 anos, com uma potência instalada de produção de energia correspondente a 6 % do consumo elétrico do país. As três barragens do SET deverão estar concluídas em 2023, sendo que o maior volume de trabalhos concentra-se nos anos 2018 a 2020.