Para Antonino de Susa, autarca de Penafiel, o governo de Portugal esquece uma das regiões mais pobres do País.
Troço da A4 entre Porto e Amarante não faz parte do documento apresentado em Diário da Republica
O Presidente da Câmara Municipal de Penafiel, Antonino de Sousa, manifestou, hoje, em reunião de câmara, o seu protesto ao Governo de Portugal por não ter incluído o troço da A4 entre Porto e Amarante, importante infraestrutura para a região do Tâmega e Sousa, nos descontos das portagens das auto-estradas. Em Diário da República, o Governo de Portugal anunciou, no dia 20 de Julho, descontos nas portagens das auto-estradas nas regiões do interior e Algarve, avançando a partir de 1 de Agosto, com reduções de 15% face aos valores cobrados. Os lanços seleccionados pelo Governo de Portugal foram Amarante - Bragança, Lagos - Vila Real de Santo António, Torres Novas - Guarda, Viseu - Chaves e Albergaria-a-Velha - Vilar Formoso. Para Antonino de Sousa, Presidente da Câmara Municipal de Penafiel, "Depois de sabermos de fonte oficial, segundo portaria do Governo, que a decisão foi estabelecida segundo critérios de convergência económica e coesão territorial e tendo em conta que os últimos dados estatísticos apontam a nossa região, composta por 11 municípios, que conta com quase meio milhão de habitantes, como uma das mais pobres da Europa, tendo indicadores de PIB/per capita, índice poder compra, índice de coesão territorial, indicadores de qualificação e formação, muito abaixo da média nacional e regional, e ainda com uma taxa de desemprego superior à do país, só podemos chegar a conclusão que esta decisão não foi tomada de forma responsável. É incompreensível que, o Governos de Portugal, não tenha colocado o troço da A4 entre Ermesinde/Valongo e Amarante neste plano de descontos nas portagens das auto-estradas. Esta região não pode continuar a ser esquecida e menosprezada. Queremos que os critérios apresentados sejam cumpridos. Vamos manifestar o nosso total descontentamento junto das entidades competentes e apelar ao bom senso e responsabilidade dos governantes com tutela nesta matéria." Recorde-se que a portaria publicada pelo Governo de Portugal aponta critérios de convergência económica e coesão territorial para justificar os descontos nas portagens das auto-estradas.