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MONTALEGRE - Veterinário municipal realizou auditoria aos talhos do concelhoNo âmbito de uma imposição legal da Direção Geral de Veterinária, foi realizada, nas últimas semanas, uma auditoria pelos talhos existentes no concelho de Montalegre.

 

 Para Domingos Moura, veterinário municipal, o que encontrou foi de «excelência», a tal ponto que só daqui a 18 meses é que voltarão a ser inspecionados. O gabinete de imprensa da autarquia de Montalegre falou com o veterinário municipal, entrevista que mostramos abaixo.

Gabinete de Imprensa (GI) - Como aparece esta auditoria aos talhos do concelho?

Domingos Moura (DM) - Como sabemos, Montalegre é conhecida pela carne de excelente qualidade e melhor sabor. Isto traz responsabilidades acrescidas. O Decreto-Lei 147/2006, precedido de outras diretivas comunitárias, obriga a que o setor alimentar e das carnes frescas obedeça a regras de higiene muito estritas, desde a produção à transformação e na distribuição final. Este último passo é feito por gente da terra que nós conhecemos. Por vezes não têm um grau de instrução muito elevado mas a lei obriga a que façam uma formação profissional adequada para que possam estar no atendimento ao balcão. Todos são obrigados a possuírem um "cartão de manipulador de carnes verdes". Por exemplo, ao entrar em cada estabelecimento tenho que verificar 237 itens. Temos talhos que comercializam, no período baixo, cerca de duas dezenas de vitelas e outros três ou quatro unidades por semana.

GI - Nesta auditoria, de forma sucinta, descreva o que faz desde que entra até sair.

DM - Em primeiro lugar verifico o estado geral do estabelecimento, a apresentação das vitrinas, as paredes, o chão, a iluminação e o estado de higiene e aprumo dos vendedores. Munido de um aparelho de infravermelhos, verifico as temperaturas dos vários espaços e das diferentes espécies de carne porque cada uma tem exigências completamente diferentes. Num balcão todas as espécies de carne devem estar devidamente separadas. Por exemplo, a carne de bovino não deve ultrapassar os sete graus de temperatura, a de suíno deve estar até quatro graus e a de aves entre os dois e os quatro.

GI - O que encontrou nos 12 talhos que visitou deixou-o satisfeito?

DM - Sim. São espaços de excelência. Porém, nunca está tudo perfeito. Faço sempre pequenos reparos que os comerciantes compreendem e aceitam. No final faço uma avaliação e atribuo uma classificação ao talho numa escala de 1 a 4, em que 1 é excelente, 2 e 3 é satisfatório e 4 é péssimo.

GI - Essa classificação determina a frequência da visita?

DM - Exatamente. Por exemplo, se um talho tiver a classificação 1 é porque apresenta excelentes condições de higiene e aprumo e, por isso, só farei nova visita após dois anos. Noutros casos poderei fazer nova visita após um ano ou em casos mais críticos após seis meses.

GI - Registou algum caso "Nível 4"?

DM - Não.

GI - Quem comprar nos talhos do concelho tem garantia de máxima qualidade?

DM - Absoluta! A maioria dos talhos do concelho só voltarão a ser inspecionados daqui a 18 meses, o que é um excelente sinal. Os restantes serão vistoriados dentro de 12 meses e não há nenhum que seja verificado daqui a meio ano. Quer isto dizer que temos boa carne. Vem diretamente do estabelecimento oficial de abate e é consumida num período entre três a quatro dias. As câmaras de conservação e as instalações são excelentes e modernas. As pessoas modernizaram-se. Todas tiraram o seu curso de formação. Todos cumprem as normas de HACCP (Análise de Perigos e Controlo de Pontos Críticos) com toda a documentação e análises regulares.

GI - Este relatório que vai enviar à Direção Geral de Veterinária é depois comunicado à Câmara Municipal de Montalegre?

DM - Não. Fica em arquivo. Estou a fornecer informação privilegiada que requer o seu sigilo profissional. Ninguém quer ver publicitados os pequenos reparos que faço e, por isso, a Direção Geral de Veterinária retém a informação.

GI - Esta nota positiva que atribuiu, no périplo que fez pelos talhos do concelho, representa uma mais valia para os nossos produtos?

DM - Penso que sim. É uma garantia total.

GI - Como tem observado a comportamento público dos talhos no concelho?

DM - Está muito diferente. Há meia dúzia de anos atrás, os talhos estavam fechados a partir de sábado ao meio dia até segunda feira de manhã. Agora, sábado à tarde e domingo de manhã são os dias em que mais vendem. Isto é sinal de que os visitantes do concelho de Montalegre levam uns quilos de vitela, para eles e para os amigos, já em arcas próprias de conservação, com gelo no interior, que os próprios talhos fornecem. É uma forma de o produto chegar fresco ao destino.

GI - O barrosão é um consumidor exigente?

DM - É o consumidor e é quem vende. Em Montalegre ninguém tente vender carne que não seja da nossa produção porque estão condenados ao fracasso. O barrosão, em matéria de carne, sabe o que quer. Gosta e identifica aquilo que é seu e que ninguém tente impingir "gato por lebre". Felizmente temos muita qualidade, sabor e apresentação não só na carne como em outros produtos.

TALHOS NO CONCELHO

- FALTA D´AR (Montalegre)

- ECOMARCHÉ (Montalegre)

- VITELINHO DO BARROSO (Montalegre)

- NABUCO (Montalegre)

- SUPERMERCADO COVIRAN (Montalegre)

- MINIPREÇO (Montalegre)

- SÃO VICENTE

- MORGADE

- PARAFITA

- VENDA NOVA

- SALTO I

- SALTO II

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