Os autarcas de Celorico de Basto, Cabeceiras e Mondim solicitaram uma audiência de urgência com o Ministro-Adjunto do Desenvolvimento Regional, Poiares Maduro, a fim de exigir a conclusão da construção da Via do Tâmega.
Os autarcas dizem-se preocupados pela falta de cumprimento do Protocolo celebrado, em 1984, entre o Município de Celorico de Basto e o então denominado Ministério do Equipamento Social, onde ficou estabelecido que, como contrapartida pelo encerramento da via-férrea do Tâmega, aquele Ministério assumia a construção de uma Variante à EN 210. Passados mais de trinta anos apenas está executado o troço que liga Amarante à Vila de Celorico de Basto, numa extensão de 17 km, sendo que o projeto, já remodelado em 2002 e mandado elaborar pelo então Instituto para a Construção Rodoviária (ICOR) demostra que continua em falta uma extensão de 9700 metros, entre Celorico de Basto e o Arco de Baúlhe. Encontra-se também por executar a ligação a Mondim de Basto, que corresponde a cerca de 3 km, e cuja principal obra passa pela construção de uma ponte sobre o Rio Tâmega com 350 m de extensão. Os autarcas relembram em comunicado que em Julho de 2010, foi assinado um protocolo entre a EDP, as Estradas de Portugal e o Município de Mondim de Basto, que assegurava a concretização desta obra, no âmbito da construção do Aproveitamento Hidroelétrico de Fridão. A esperança dos autarcas, tida como uma última oportunidade, é a de que a construção em causa seja inserida no próximo quadro comunitário. Relembre-se que a conclusão da denominada Variante do Tâmega vai permitir a ligação entre dois eixos rodoviários fundamentais no Norte do país – o IP4 e a A7 -, com ligações a Espanha, e os autarcas frisam no comunicado que "favorecerá ainda as comunicações intermunicipais entre os concelhos do médio Tâmega e a ligação direta de Mondim de Basto a um Itinerário Principal."