O Município de Penafiel não concorda com o relatório de infra-estruturas prioritárias que não coloca como prioritária a obra de construção do IC 35, obra há muito desejada em Entre-os-Rios.

À agência Lusa, o presidente da autarquia de Penafiel considera "ter havido "leviandade" e "ligeireza" no grupo de trabalho nomeado pelo Governo para apontar investimentos públicos prioritários". O grupo liderado por José Eduardo Carvalho, presidente da Associação Industrial Portuguesa (AIP), concluiu que, até 2020, deve ser dada prioridade a 30 infra-estruturas essenciais para o crescimento da economia do país, como a criação de um terminal de águas profundas em Lisboa, a conclusão da ligação ferroviária de alta prestação entre Sines e Espanha, um novo terminal de carga no Aeroporto de Lisboa e a conclusão do túnel do Marão são alguns dos projetos escolhidos entre uma lista prévia de 238 potenciais investimentos indicados pelo Governo. A conclusão de que Portugal deve investir mais em ferrovia, portos e em carga, e menos em rodovia, aeroportos e no transporte de passageiros não agradou a Antonino de Sousa, edil penafidelense, pois estava "confiante de que o estudo iria concluir no sentido da prioridade máxima do IC35". A discussão pública do projeto vai ter início esta quarta-feira e a autarquia de Penafiel vai apresentar os seus argumentos. A variante à EN 106 é prioritária não só para Penafiel mas também para os concelhos vizinhos do do Marco de Canaveses e Castelo de Paiva, considera o presidente da autarquia penafidelense, considerando incompreensível o facto de aquele grupo nunca ter auscultado a autarquia ou a Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa, uma das maiores do país. Recorde-se que o IC 35 é há anos um anseio da população, por ser uma alternativa a uma das vias mais congestionadas do país, que apresenta caraterísticas de via urbana, com um tráfego superior a 10 mil veículos por dia e com um elevado índice de sinistralidade. A saber ainda que na rodovia foram eleitas duas infra-estruturas do grupo de 30: a conclusão das obras do Túnel do Marão e do IP3 entre Coimbra e Viseu, com um investimento de 773 milhões de euros.