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O município de Vila Verde anunciou, através de comunicado, ter recolhido, de forma seletiva mais de duas mil toneladas de papel, vidro e embalagens para posterior reciclagem, no ano de 2022. Segundo este documento, isto permitiu uma poupança de 92.500 euros na fatura a pagar pela deposição dos resíduos gerais no aterro.

Os dados são da empresa intermunicipal Braval e indicam que a maior fatia desta poupança – 50 mil euros – diz respeito à Taxa de Gestão de Resíduos (TGR), que é paga ao Estado em função da quantidade de resíduos que são depositados em aterro, incinerados e valorizados energicamente. Em 2022, esta taxa foi de 22 euros por tonelada, mas o governo decidiu aplicar um aumento gradual desta taxa, passando para 25 euros por tonelada já este ano.

Por razões ambientais e também económicas, o vereador responsável pelo pelouro do ambiente, Patrício Araújo, terá alertado para a importância dos munícipes e das famílias “compreenderem a importância de melhorar os hábitos de vida e de consumo, no que toca à produção e gestão de resíduos”, pode ler-se no comunicado.

“Fazer um esforço para evitar o desperdício e diminuir a produção de lixo representa um benefício direto para as pessoas, porque podem poupar nas compras e nos custos pela recolha de lixo, para além do contributo para preservar o ambiente”, defende Patrício Araújo.

O autarca faz ainda questão de sublinhar o potencial impacto de uma melhor gestão dos resíduos nas tarifas a cobrar às famílias, lembrando que o Município de Vila Verde cobra aos munícipes valores inferiores aos custos dos serviços de recolha de lixo, tal como acontece ao nível do abastecimento de água e ligações de saneamento.

A melhoria dos resultados da recolha seletiva ajuda ainda a compensar o agravamento de taxas de gestão de resíduos aplicadas pelos organismos da administração central, tutelados pelo governo.

Das 2.281 toneladas de lixo para reciclagem recolhidas no concelho de Vila Verde, 1.171 toneladas foram de vidro. A Braval anota que uma tonelada de vidro reciclado permite poupar “1,2 toneladas de matéria-prima para o seu fabrico”.

Em papel, foram recolhidas 947 toneladas, sendo que a reciclagem de cada tonelada deste material “evita o consumo de cerca de 98 mil litros de água, comparando com a produção a partir da madeira”.

Já em embalagens, a recolha foi de 164 toneladas. Só no que toca à reciclagem do alumínio, é possível economizar “95% da energia necessária para a produção a partir da matéria-prima”. 

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