Os cem anos da Seara Nova estão a percorrer o país de norte a sul numa exposição itinerante que dá a conhecer a revista fundada em 15 de Outubro de 1921 por Aquilino Ribeiro, Augusto Casimiro, Azeredo Perdigão, Câmara Reys, Faria de Vasconcelos, Ferreira de Macedo, Francisco António Correia, Jaime Cortesão, Raul Brandão e Raul Proença com o desígnio de elevar o país, ética e culturalmente, criando um espaço de reflexão que mobilizasse à acção.
"O longo e por vezes conturbado percurso de resistência, pensamento crítico e acção que completa este ano o seu centenário" é assinalado e dado a conhecer na exposição itinerante que será inaugurada na cidade de Braga no dia 25 de Março, pelas 12h00, na Galeria do Paço da Universidade do Minho.
A história da fundação e das motivações que levaram à sua criação, os fundadores, o espírito seareiro, os directores e colaboradores ao longo destes cem anos, a intervenção política, as polémicas que se travaram nas páginas da revista, a censura e o seu impacto, a memória gráfica, o passado, presente e futuro são os grandes temas da exposição Seara Nova: 100 anos de acção e pensamento crítico, que ficará patente ao público na Galeria do Paço da Universidade do Minho até 19 de Abril de 2022, e em seguida continuará a sua digressão pelo país, passando por Faro, Setúbal, Santarém e Évora.
A Exposição histórica é acompanhada pela Exposição plástica «O lápis não rasga o papel», e será possível ainda assistir, todos os dias, à projecção do documentário «Há 100 anos, a Seara Nova», realizado por Diana Andringa. Será ainda realizado, no dia 8 de Abril, um Debate intitulado «Que Seara Nova para os próximos 100 anos?» e que terá como oradores: Prof. Doutor António Fontaínhas Fernandes; Prof.ª Doutora Isabel Pires de Lima; Prof. Doutor Manuel Gama; Prof. Doutor Pedro Bacelar Vasconcelos e Prof. Doutor Carlos Abreu Amorim.