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BARRA BASTOMEDIA

VERMAIS

 2022 MAROA programação do Cineclube de Amarante faz-se no feminino. 6 filmes, 6 mulheres.

Paralelamente à programação de cinema que aqui apresentamos, teremos outras iniciativas… a divulgar oportunamente. Isto é, já deviam ter sido divulgadas. Para já os filmes.

As realizadoras e as sextas-feiras:

Catarina Vasconcelos. A Metamorfose dos Pássaros. O filme sensação. Sessões lotadas em todo lado. Já toda a gente viu. A RTP exibiu o filme com um sentido de oportunidade raro. Vamos revê-lo na nossa sala. A melhor maneira de começar o mês.

Inês Oliveira. A Inês virá ao Cineclube apresentar a sua longa metragem de 2013, Bobô. Não o exibimos à época, reparamos a falha agora.

Maryam Touzani. Da realizadora marroquina veremos sua a primeira longa-metragem, Adam, apresentado na secção Un Certain Regard do Festival de Cannes.

Maggie Gyllenhaal. A atriz fez o seu primeiro filme adaptando Elena Ferrante. A filha perdida a partir do livro La figlia oscura (2006).

As realizadoras e os domingos:

Biografias de Ruth Bader Ginsburg e Eleanor Marx. Filmes com causas. As nossas neste mês.E nos outros.

Uma Luta Desigual de Mimi Leder e Miss Marx de Susanna Nicchiarelli

 

Cinema Teixeira de Pascoaes | 6ªs feiras, 21:30 | Domingos, 18:00

 

Dia 4 | A Metamorfose dos Pássaros

De: Catarina Vasconcelos

Classificação: M/12

POR, 2021, Cores, 101 min.

Misturando documentário e ficção, este filme parte da história da família de Catarina Vasconcelos, a realizadora, com especial foco na avó paterna, que nunca chegou a conhecer, e na própria mãe. Nas palavras da realizadora, este é um filme “sobre a mãe do meu pai. A minha mãe. As mães. As mães das mães. As mães das mães das mães. Mas também acerca de um determinado período histórico que eu não tinha vivido: um período tão distinto daquele que vivemos hoje e que temos o dever de não esquecer. É um grande privilégio viver em liberdade”.

Estreado no Festival de Berlim, onde recebeu o Prémio da Crítica Internacional, “A Metamorfose dos Pássaros” tem somado distinções em vários festivais, entre eles o Prémio de Melhor Filme no Festival de Vílnius (Lituânia); Prémio Especial do Júri no Festival de Taipei (Taiwan); Prémio de Melhor Filme no Festival Dokufest (Kosovo); Prémio Zabaltegi – Tabakalera, no Festival de Cinema de San Sebastián (Espanha); Prémio do Público no IndieLisboa; e os prémios do público e de contribuição artística no Festival de Cinema de Curitiba (Brasil). Esta é a estreia em longa-metragem de Vasconcelos, depois da curta “Metáfora ou a Tristeza Virada do Avesso” (2014). PÚBLICO

Dia 11  | Bobô

De: Inês Oliveira

Classificação: M/12

POR, 2013, Cores, 80 min.

Depois da morte do irmão, Sofia (Paula Garcia) isolou-se num velho apartamento onde viveu toda a vida. Para a assistir nas tarefas domésticas e nos cuidados do filho, chega Mariama (Aissatu Indjai), uma jovem guineense. Contudo, apesar da aparente tranquilidade, Mariama vive atormentada com o ritual da mutilação genital feminina a que Bobô, a sua filha pequena, está prestes a ser submetida. Para poder ajudá-las, Sofia vê-se obrigada a sair, finalmente, da reclusão…

Com realização de Inês Oliveira ("Cinerama", "O Nome e o N.I.M."), que também escreve o argumento em parceria com Rita Benis, um filme que, nas palavras da realizadora "retrata as questões que nos transcendem: a relação com a morte, com as regras do mundo, com o que não conseguimos denominar". Este filme, que teve a sua estreia internacional na 38.ª edição do Festival Internacional de Cinema de Toronto (Canadá), esteve ainda representado noutros festivais internacionais, entre eles a 37.ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo (Brasil), o Festival Laboratorio Immagine Donne (Itália), Muestra Internacional de Cine con Perspectiva de Género (México), Festival AFI Latin American Film Festival (EUA) e, em Portugal, no Festival Caminhos do Cinema Português, onde recebeu o prémio de Melhor Som. PÚBLICO

Dia 13 | Uma Luta Desigual

Título original: On the Basis of Sex

De: Mimi Leder

Com: Felicity Jones, Justin Theroux, Armie Hammer, Cailee Spaeny, Kathy Bates

Classificação: M/12

EUA, 2018, Cores, 120 min.

A juíza Ruth Bader Ginsburg fez história em 1993, durante a presidência de Bill Clinton, ao torna-se a segunda mulher e primeira judia a ocupar um cargo no Supremo Tribunal de Justiça dos EUA. O seu percurso profissional, apesar de brilhante, foi pautado pelo esforço em superar uma tripla condicionante: o facto de ser mulher, mãe e judia. Muito devido a isso, dedicou-se a causas feministas, tendo sido co-fundadora do projeto dos direitos das mulheres na União Americana pelas Liberdades Civis, durante os anos 1970. Já em Abril de 2015, foi eleita pela revista “Time” como uma das 100 personalidades mais influentes do mundo.

Escrito por Daniel Stiepleman, sobrinho da juíza, um drama biográfico assinado por Mimi Leder (“Favores em Cadeia”, “O Pacificador”, “Parceiros no Crime”). Com Felicity Jones como Ruth Bader Ginsburg, no elenco estão também Armie Hammer, Justin Theroux, Jack Reynor, Cailee Spaeny, Sam Waterston e Kathy Bates, entre outros. PÚBLICO

Dia 18 | Adam

Título original: Adam

De: Maryam Touzani

Lubna Azabal, Nisrin Erradi, Douae Belkhaouda

Classificação: M/12

FRA/BEL/Marrocos, 2019, Cores, 98 min.

Desde que o marido morreu, que Abla cuida sozinha de Warda, a filha de oito anos. As duas vivem modestamente em Casablanca (Marrocos), onde se dedicam à confecção de pão e bolos que vendem a partir de casa. Um dia, tocam à campainha. É Samia, uma jovem grávida desesperada por encontrar trabalho. Apesar de muito renitente, ao perceber que a rapariga está completamente entregue a si mesma, Abla deixa-a ficar por alguns dias. Aos poucos, a doçura de Samia vai conquistando o afecto de Abla e da pequena Warda, mudando as suas vidas para sempre.

Estreado no Festival de Cinema de Cannes, um drama sobre a importância da amizade e da generosidade que marca a estreia em longa-metragem da marroquina Maryam Touzani que, para escrever o argumento, se inspirou numa situação real, vivida na sua infância. PÚBLICO

Dia 25 | A Filha Perdida

Título original: The Lost Daughter

De: Maggie Gyllenhaal

Com: Olivia Colman, Jessie Buckley, Dakota Johnson, Ed Harris, Peter Sarsgaard, Dagmara Dominczyk

Classificação: M/14

GRE/EUA, 2021, Cores, 121 min.

Leda Caruso é uma professora universitária de meia-idade que se encontra de férias na Grécia. Sozinha, passa o tempo a observar as pessoas à volta, distraidamente, até se tornar quase obsessivamente interessada por uma jovem mãe e a sua filha pequena. Através delas, Leda vê-se de regresso ao passado e à sua experiência enquanto mãe. Isso vai fazê-la reavaliar a sua vida e as decisões, nem sempre fáceis ou justas, que teve de tomar.

Com assinatura da actriz Maggie Gyllenhaal (na sua estreia em realização), protagonizado por Olivia Colman e baseado numa obra de Elena Ferrante, um drama psicológico sobre os diversos desafios da maternidade. Com Jessie Buckley, Dakota Johnson, Peter Sarsgaard e Ed Harris a assumirem as personagens secundárias, o filme foi muito bem recebido pelo público e pela crítica, e foi nomeado para os Globos de Ouro de realização e representação (Colman). PÚBLICO

 

Dia 27 | Miss Marx

Título original: Miss Marx

De: Susanna Nicchiarelli

Com: Romola Garai, Patrick Kennedy, John Gordon Sinclair, Felicity Montagu, Philip Gröning

Classificação:M/12

ITA/BEL, 2020, Cores, 107 min.

Eleanor (Romola Garai), a filha mais nova do filósofo e sociólogo Karl Marx (Philip Gröning), era uma mulher inteligente, culta e de espírito livre. Uma das promotoras do socialismo no Reino Unido, tomou parte activa nas lutas dos trabalhadores como activista sindical, na luta pela emancipação feminina e na tentativa de abolição do trabalho infantil. Em 1883, conheceu o biólogo e dramaturgo Edward Aveling (Patrick Kennedy) por quem se apaixonou perdidamente. Mas Edward era, simultaneamente, alguém que admirava e detestava, e enredou-a numa moral opressora contra a qual ela toda a vida lutara.

Um filme biográfico sobre Jenny Julia Eleanor (1855-1898), escrito e realizado por Susanna Nicchiarelli (“Cosmonauta”, “Nico, 1988”). PÚBLICO

                                                                                                                                                                                        (texto- Cineclube de Amarante)

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