Lousada vai ser palco do Festival Inventa no dia 10 de julho, sábado, com a atuação de Valter Lobo.
O espetáculo vai decorrer, pelas 21h30, no Parque de Lazer de Vilela, em Aveleda, inserindo-se num projeto desenvolvido pela Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa. Valter Lobo é um cantautor que se deu a conhecer com um “Inverno EP”, em 2012, que rapidamente o levou para palcos como o CCB e a Casa da Música, no âmbito do Misty Fest, assegurando as primeiras partes de Scott Matthew. Com o primeiro álbum, Mediterrâneo, em 2016, de onde se destacam canções como “O Governo não sabe nada do nosso amor”, “Quem me dera” ou “Oeste”, afigurou-se como um escritor de canções em português da nova geração a não perder de vista. A melancolia permanente a pautar as sensações e uma intensidade nas performances ao vivo já lhe valeram elogios rasgados de muitos ouvintes e artistas, entre eles o singer songwriter irlandês, vencedor de um Óscar da Academia, Glen Hansard, que o convidou a participar com as suas canções durante os seus concertos.
Festival Inventa percorre o território do Tâmega e Sousa
O festival Inventa propõe-se a provocar os territórios intervencionados, a sua população e os fluxos turísticos no biénio 2021/2022, privilegiando a realização de atividades culturais e artísticas em espaços naturais, paisagísticos e patrimoniais, aliadas ao desenvolvimento de visitas guiadas e contextos de divulgação do património cultural da região. A rede de programação cultural descentralizada à escala regional materializa-se pela realização de eventos integrados em oito atividades programáticas nucleares, conectadas entre si e descentralizadas nos territórios parceiros da rede. A programação responde a um fio condutor artístico comum, a um eixo programático no património arquitetónico, natural ou paisagístico e a um grupo de projetos artísticos em itinerância em cada ciclo programado, contribuindo para o desenvolvimento de públicos. A região do Douro, Tâmega e Sousa reveste-se de um enorme referencial histórico a valorizar, aliado ao desenvolvimento de estratégias culturais nas últimas décadas com ambição comum, dispersando-se por um território patrimonialmente rico, em termos naturais, arquitetónicos e culturais. Assim, a relevância desta parceria torna-se evidente ao potenciar o desenvolvimento de uma estratégia de programação transversal, em ligação ativa com o património e a paisagem, apta a captar visitantes, turistas e potenciais “novos” habitantes para estes territórios. A narrativa do desenvolvimento cronológico das atividades de programação segue uma dramaturgia de (re)visitação da história do território, desde a sua origem - valorizando as paisagens naturais, passando pela civilização e seu desenvolvimento técnico - destacando a diversidade patrimonial, e em especial dos períodos Românico e Barroco - e, por fim, encarar a atualidade e a civilização urbana nas suas características essenciais, promovendo valores de diversidade, integração e equidade, através da participação ativa das comunidades nos projetos artísticos a desenvolve