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BARRA BASTOMEDIA

VERMAIS

Foto do Elenco nos Claustros do Gov Civil de VRealHá muitos anos (...) fui dar com um teatro ambulante de atores castelhanos (...) Era tempo de banhos (...) fomos à noite ao teatro: davam a Comédia famosa não sei de quem, mas o assunto era este mesmo de Frei Luís de Sousa. Lembra-me que ri muito de um homem que nadava em certas ondas de papelão, enquanto num altinho, mais baixo que o cotovelo dos atores, ardia um palaciozinho também de papelão... era o de Manuel de Sousa Coutinho em Almada!

In Memória ao Conservatório Real

A Filandorra vai "regressar" aos clássicos da dramaturgia portuguesa e estreia já na próxima sexta-feira, 27 de Setembro pelas 21h30, nos Claustros e Sala de Exposições Temporárias do Museu Municipal Amadeo de Souza-Cardoso, em Amarante, o espectáculo Frei Luís de Sousa de Almeida Garrett.

Vinte anos depois da sua estreia nos Claustros do Governo Civil de Vila Real e com novo elenco, a Filandorra revisita o "drama romântico mais importante da literatura dramática europeia" no dizer de Pierre Corvin, e "um dos pontos mais altos de toda a dramaturgia portuguesa", citando o historiador Luís Francisco Rebelo.

A encenação é de David Carvalho, que assume a intemporalidade do drama garrettiano aproximando a pesquisa e o trabalho de experimentação numa linha próxima dos conceitos enunciados por Maria Almira Soares na obra "Frei Luís de Sousa - um drama psicológico": «Interessante, fascinante, seria a leitura que soubesse fazer emergir, reconhecível hoje, esta peça; que a tornasse útil como fala, comunicável, atual por isso, significativa sempre, no meio do brilho distanciadamente revivido dos ouropéis materiais e mentais do longínquo século XVII português».

Segundo David Carvalho, Frei Luís de Sousa é um texto que "numa perspectiva histórica, é muito importante na afirmação de uma estética e de um determinado tipo de linguagem, mas que perdura no tempo. Quisemos reinterpretá-lo e torná-lo numa obra que diga alguma coisa aos nossos contemporâneos, afinal os personagens são pessoas de carne e osso, gente honesta e temente a Deus, como escreveu Garrett". Sobre os públicos a quem se destina o novo espectáculo, o encenador afirma que "embora seja para todos os públicos, esta estreia surge da linha de trabalho que temos vindo a desenvolver nos últimos anos junto do público escolar, com a inclusão no nosso reportório de peças integram o programa curricular da disciplina de Português, nomeadamente os textos vicentinos Auto da Barca do Inferno e Farsa de Inês Pereira e a partir de agora a peça Frei Luís de Sousa para os alunos de 11º ano", permitindo assim aos alunos da região o acesso às obras de leitura obrigatória no ensino do Português que "nasceram" para serem representadas.

Escrita em 1843 e publicada no ano seguinte, Frei Luís de Sousa teve a sua estreia pública em 1847 no Teatro do Salitre numa versão censurada pelo regime cabralista, sendo que a versão integral só foi levada à cena em 1850 no Teatro Nacional. Considerada a obra-prima do teatro romântico português, Frei Luís de Sousa é um drama em três atos cujo tema principal é sem dúvida o da liberdade de amar mesmo contra as convenções sociais da época. Conta-nos a história de um amor forte e verdadeiro entre um homem e uma mulher, e do qual nasce uma filha... No entanto, a mulher já tinha sido casada anteriormente e o marido que fora dado como morto, aparece... As interpretações estão a cargo de Débora Ribeiro, Bibiana Mota, Silvano Magalhães, Bruno Pizarro, Rui Moura, Luís Filipe e Sofia Duarte.

Depois das Estreia Nacional para o público em geral, o espectáculo tem sessões agendadas para o público escolar de Amarante, nomeadamente no dia 30 de Setembro no Auditório da Escola Secundária e no dia 01 de Outubro no Cineteatro Raimundo Magalhães, em Vila Meã.

Frei Luís de Sousa é a 75ª produção da Filandorra e conta com o apoio da DGartes/ Ministério da Cultura no âmbito do Programa de Apoio Sustentado | Teatro para o biénio 2018/2019.

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