As ruínas do monumento situado em Padronelo, Amarante, vão ser alvo de um conjunto de estudos com vista à sua conservação e valorização patrimonial.
A Rota do Românico, projeto turístico-cultural que agrega atualmente 58 imóveis em 12 municípios dos vales do Sousa, Douro e Tâmega, incluindo 10 no concelho de Amarante, tem em vista agragar mais um monumento. Edificado no século XIV e classificado como monumento nacional em 1978, o Paço de Dona Loba e a área envolvente foram adquiridos recentemente pelo Município de Amarante. No âmbito da operação "Rota do Românico: Património, Cultura e Turismo - Tâmega", apresentada pela Associação de Municípios do Baixo Tâmega ao Programa Operacional Regional do Norte 2014/2020 (Norte 2020), serão agora iniciados os trabalhos arqueológicos e diversos estudos, designadamente da paisagem, da história e das condições estruturais, tendo como alvo aquele exemplar de casa-forte medieval. Para além de constituírem elementos cruciais para as futuras intervenções de conservação e salvaguarda do Paço de Dona Loba, os trabalhos referidos apoiarão igualmente a decisão quanto à definição programática e funcional a desenvolver para aquele monumento.
As ações indicadas vão representar um investimento de cerca de 82 mil euros, cofinanciado em 85% pelo Norte 2020, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, e em 15% pelo Município de Amarante.
Edifício de cariz habitacional, o Paço de Dona Loba seria composto por dois pisos. No primeiro, que seria abobadado segundo descrição do século XVIII e testemunho das mísulas remanescentes, localizar-se-ia a sala nobre. O andar superior poderia ser completado com uma espécie de balcão de madeira, a modo de varanda.