O Centro de Informação da Rota do Românico de Paredes vai acolher, entre 2 e 31 de março, a exposição "Torre do Castelo de Aguiar de Sousa: Sobreposições do Tempo".
Trata-se de uma exposição arqueológica e documental dedicada ao território, história e arqueologia do Castelo de Aguiar de Sousa, na qual merecerão particular destaque os materiais exumados durante os trabalhos arqueológicos efetuados em 2007 e 2013. Esta mostra constituirá uma excelente oportunidade para conhecer as várias "sobreposições do tempo" deste imóvel, classificado, em 2012, como Monumento de Interesse Público e que integra a listagem dos 58 bens patrimoniais afetos ao projeto turístico-cultural da Rota do Românico. Nos restantes dias, a exposição apenas poderá ser visitada mediante marcação prévia.
O Castelo de Aguiar de Sousa situava-se na rede defensiva do território, a que os reis asturianos deram muita atenção. No ano 995, foi atacado por Almançor no seu avanço para Braga e Compostela, no contexto da Reconquista. Encabeçou uma Terra na reorganização do território do século XI e um importante Julgado, já no século XIII. Nos finais deste século, o Castelo terá sido abandonado. Entre 2007 e 2013, a Rota do Românico, em parceria com o Município de Paredes, promoveu um vasto conjunto de obras de recuperação e salvaguarda deste monumento, que foi já parcialmente apresentado na publicação "Torre do Castelo de Aguiar de Sousa. Entre a matéria e o mito. Sobreposições do tempo", editada pelo Centro de Estudos do Românico e do Território, sob coordenação de Lídia do Vale Costa e Maria Antónia Silva.