A Igreja de São Martinho de Mouros, em Resende, acolhe A 16 de julho, sábado, pelas 21 horas, o concerto "De profundis", interpretado pelo coro Anima Mea.
Depois de terem assinalado os seus dez anos de atividade num concerto, em setembro último, na Igreja de Santa Maria de Airães, em Felgueiras, o coro Anima Mea vai regressar à Rota do Românico, desta vez ao vale do Douro, para mais um espetáculo de música vocal polifónica que promete despertar muitas emoções na Igreja de São Martinho de Mouros. "A casa comum europeia tornou-se um condomínio fechado cercado de muros. A utopia universalista transformou-se na exclusão do outro. A sociedade é cada vez mais mundial, mas também cada vez mais sitiada e organizada em ilhas. E, no entanto, não faz sentido que o mundo seja cada vez mais globalizado para tudo exceto para os cidadãos. " Este será o mote para a atuação dos Anima Mea, num autêntico manifesto à fraternidade entre os povos, ao diálogo intercultural e aos direitos do Homem, que incluirá, para além das interpretações vocais, alguns momentos de leitura e de projeção de vídeo. O cenário deste concerto destaca-se pela sua singularidade. A Igreja de São Martinho de Mouros, classificada como Monumento Nacional em 1922, impressiona pela robustez da sua fachada turriforme, constituindo uma referência incontornável do românico português. Não obstante a sua aparência militar, esta Igreja nunca cumpriu, porém, funções que não fossem as litúrgicas. No interior, salienta-se a capela-mor, profundamente alterada na Época Moderna. O concerto "De profundis" é uma iniciativa da Rota do Românico, que conta com o apoio da Câmara Municipal de Resende, da Junta de Freguesia e da Paróquia de São Martinho de Mouros.