A lenda do futebol português nasceu há exatamente 100 anos.
Vai ser a 20 de Fevereiro que o antigo futebolista e primeiro minhoto na seleção nacional e ícone da Académica vai ser homenageado no mesmo dia que objetos pessoais do antigo atleta e professor vão ser doados à Casa Museu de Monção nos 100 anos do seu nascimento. A homenagem vai contar com as intervenções do reitor António M. Cunha, de José Viriato Capela (diretor da CMM) e de Carlos Alberto Gomes (filho do homenageado), além da conferência do juiz-conselheiro José António Barreto Nunes, da abertura da exposição evocativa e dos fados do Grupo Presença de Coimbra.
Biografia
Alberto Gomes nasceu há exatamente 100 anos em Monção e foi avançado do Académico do Porto e Vianense, mas brilhou na Académica, onde esteve desde o primeiro Campeonato Nacional da 1ª Divisão e marcou 166 golos em 206 jogos, um deles na conquista da primeira Taça de Portugal em 1939 (4-3 ao Benfica) e outro, já como treinador-atleta, a devolver a Briosa à 1ª Divisão. "Berto" chegou à seleção quando esta era "território exclusivo" de jogadores do Benfica, Sporting, FC Porto e Belenenses. Penduraria as botas em 1949, mas o fair play e as zero sanções disciplinares valeram-lhe a Medalha de Comportamento Exemplar pela Federação Portuguesa de Futebol, em 1990. Licenciado em Ciências Histórico-Filosóficas na Universidade de Coimbra, Alberto Gomes foi também professor e diretor dos Colégio Camões e Colégio do Minho, trabalhou no Instituto de Saúde Mental, foi inspetor da Direção-Geral dos Desportos e, no início dos anos 70, dirigiu os Serviços Administrativos da Universidade de Angola. Em Monção tem o seu nome na toponímia, uma placa na casa onde nasceu e recebeu postumamente a Medalha de Ouro do município.