Foi concluída a 1ª fase dos trabalhos arqueológicos nas ruínas da igreja de Santa Clara, em Amarante.
De 14 de outubro a 13 de novembro, decorreram, no espaço envolvente às ruínas da igreja de Santa Clara, trabalhos de arqueologia e de conservação que permitiram a descoberta de parte do arco cruzeiro da igreja, da sacristia e parte da capela-mor. Associadas a estas estruturas encontraram-se, também, alguns painéis de pintura mural, pisos lajeados, parte de uma sepultura, canalizações e os vestígios do lavabo da sacristia. A sondagem arqueológica e o desaterro de entulhos possibilitaram a recolha de faianças da época moderna, cerâmica comum diversa, azulejos policromados do séc. XVII, elementos arquitetónicos da igreja, alfinetes, tacões de sapatos da época moderna e restos de tecido. Revela a autarquia em comunicado que os trabalhos evidenciaram que o espaço envolvente à antiga igreja das Clarissas foi profundamente alterado entre os finais do séc. XIX e XX, no âmbito da construção de edifícios relacionados com a parte rústica (lagares, adega, armazéns e cavalariças) da agora designada casa da Cerca. Após a conclusão dos trabalhos arqueológicos foi montada uma estrutura temporária com uma cobertura layher, que irá permitir a secagem, por processo natural, de alvenarias, rebocos, argamassas e pintura mural da capela de S. José, para, posteriormente, ser dada continuidade aos trabalhos de conservação e restauro das ruínas da igreja monástica. Após a análise, tratamento e catalogação dos objetos exumados, o Município de Amarante irá divulgar publicamente os resultados desta campanha arqueológica. A autarquia revela que pretende desenvolver novos trabalhos que possibilitarão o aprofundamento dos conhecimentos acerca do mosteiro mais antigo da cidade de Amarante, cuja fundação parece estar relacionada com Dª. Mafalda de Portugal.