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Sociedade

I Encontro de Cuidadores Informais vai decorrer em Amarante

A Unidade Local de Saúde do Tâmega e Sousa (ULSTS) e a Segurança Social vai assinalar o Dia do Cuidador Informal com a realização do I Encontro de Cuidadores Informais da ULS Tâmega e Sousa e Segurança Social, no próximo sábado, 8 de novembro, no Centro Pastoral de Amarante, entre as 09h30 e as 14h00 (ver cartaz acima). “O encontro será um momento de partilha e valorização do trabalho desenvolvido no terreno pelos profissionais que operacionalizam a medida de proteção social – Estatuto do Cuidador Informal – na área de influência da ULSTS. A iniciativa reunirá 270 cuidadores informais provenientes dos 11 municípios que integram esta região.”, revela a Unidade de Saúde em comunicado. A sessão de abertura vai contar com a intervenção do Presidente do Conselho de Administração da ULSTS, de representantes da Segurança Social dos distritos do Porto e de Aveiro, e do Presidente da Câmara Municipal de Amarante, que acolhe o evento. “Estão ainda confirmadas as presenças de elementos dos executivos dos 11 municípios abrangidos pela ULSTS.”, refere.

5 de Novembro – Proteção Civil lembra o que fazer em caso de sismo

Exercício A TERRA TREME – 13.ª Edição A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) realiza amanhã, quarta-feira, dia 5 de novembro, às 11h05, em todo o território nacional, o Exercício Público de Sensibilização para o Risco Sísmico A TERRA TREME. Embora a iniciativa decorra a nível nacional, a ANEPC, em articulação com a Direção-Geral da Educação (DGE) e com a Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE) promoverá um evento principal na Escola Básica e Secundária Professor Reynaldo dos Santos, em Vila Franca de Xira. A comunidade escolar realizará o exercício, praticando os três gestos de autoproteção em o caso de sismo: Baixar, Proteger, Aguardar. Durante um minuto, os participantes, individualmente ou em grupo (famílias, escolas, empresas, instituições públicas, privadas ou associativas), são desafiados a praticar três gestos de autoproteção: Baixar, Proteger e Aguardar. Em todo o país, os Comandos Regionais e Sub-regionais de Emergência e Proteção Civil da ANEPC, em parceria com comunidades educativas, serviços municipais de proteção civil, corpos de bombeiros e outros agentes de proteção civil, irão desenvolver ações de sensibilização sobre o risco sísmico. A sessão será transmitida em direto no canal de YouTube da DGEstE: https://www.youtube.com/@dgestetv

Aluna da UMinho premiada para estudar o risco de cheias no Cávado

A aluna Chaima Badri foi laureada com uma bolsa do Impact Center for Climate Change e vai analisar áreas de Braga, Amares e Vila Verde. A estudante da Escola de Ciências da Universidade do Minho (ECUM), foi distinguida pelo Impact Center for Climate Change da Fidelidade, para desenvolver mapas de risco e ações de sensibilização na Comunidade Intermunicipal (CIM) do Vale do Cávado. Esta foi uma das bolsas para mestrado atribuídas no ano letivo 2025/26, de 870 euros mensais, para incentivar os jovens a investigar sobre os impactos socioeconómicos e ambientais das alterações climáticas em Portugal. “Este trabalho pretende contribuir para organizar e atualizar informações sobre precipitação, zonas vulneráveis e impactos das inundações, criando um repositório acessível a entidades como a Proteção Civil, câmaras municipais e juntas de freguesia, melhorando a comunicação e a prevenção dos riscos de cheias”, diz Chaima Badri. A aluna do 2º ano do mestrado em Geociências – especialização em Riscos Naturais e Mudanças Globais é orientada pelos professores Paula Marinho Reis e Renato Henriques, no âmbito da sua tese “Towards a flood resilience information hub: Integrating multi-source data for risk and impact mapping in the Cávado region”. A pesquisa decorre no Departamento de Ciências da Terra da ECUM e tem a parceria da CIM Cávado. A investigação utiliza cartografia de alta resolução, tecnologia ótica de deteção remota (LiDAR) e sistemas de informação geográfica (SIG) para simular cenários de inundação e avaliar a vulnerabilidade de edifícios, escolas, hospitais e infraestruturas, a começar pela freguesia de Palmeira, considerada de risco no concelho de Braga. O trabalho será depois replicado em zonas de Amares e Vila Verde, onde há pouca informação sobre perigos de inundação. “Este projeto tem uma dimensão científica e também social, desde o planeamento urbano até à proteção de bens e vidas humanas, logo esperamos ajudar na tomada de decisão e ainda realizar campanhas locais e ações de sensibilização junto de quem vive em áreas sensíveis”, sublinha Chaima Badri. Nos objetivos do estudo está igualmente um novo repositório com dados recolhidos no terreno que reforce a ordenamento e a resiliência do território e a cultura de prevenção. “Há consciência crescente de que as tomadas de decisão dos responsáveis têm que se basear em informação científica sólida”, adianta. Para a professora Paula Marinho Reis, esta bolsa reconhece o talento e a dedicação de Chaima Badri, bem como o papel da UMinho “na formação de jovens investigadores capazes de responder a desafios ambientais cada vez mais complexos”. Da Biologia às Geociências Chaima Badri nasceu há 26 anos na Tunísia, onde fez a licenciatura e o mestrado em Biologia, seguindo-se um estágio na Universidade de Salamanca (Espanha) e, agora, a UMinho. “Na Biologia estudei rizobactérias, que ajudam os solos e as oliveiras a resistir às alterações no clima; quis entretanto perceber melhor a relação entre o solo, os riscos naturais e as estratégias de adaptação às mudanças globais, um tema cada vez mais crucial na sociedade, por isso escolhi as Geociências e espero continuar a investigar para depois entrar no mercado de trabalho”, afirma.

Prevenção do Cancro – Projeto “saBeR mais ContA” reforça a importância de testar mutações BRCA

No mês de prevenção do cancro da mama, Projeto “saBeR mais ContA” reforça a importância de testar mutações BRCA. Em Portugal, diagnosticam-se anualmente cerca de 9.000 novos casos de cancro da mama e registam-se 2.000 mortes1; cerca de 5-10% dos casos são hereditários2. No mês em que o mundo se veste de rosa, o projeto “saBeR mais ContA” reforça a necessidade de aumentar a literacia sobre o cancro hereditário, incentivar a referenciação para testagem dos genes BRCA1 e BRCA2, quando clinicamente adequado, e garantir que nenhuma mulher ou homem com história familiar sugestiva fica para trás. Lançado em 2019, o projeto “saBeR mais ContA” — apoiado pela AstraZeneca e desenvolvido em parceria com associações de doentes e sociedades científicas e médicas — tem educado doentes e famílias sobre o impacto das mutações nos genes BRCA1 e BRCA2 para o risco de vários tumores, como o cancro da mama, ovário, próstata e pâncreas3. Entre 5% a 10% dos casos de cancro da mama têm origem hereditária e podem estar associados a mutações em genes como o BRCA1 e o BRCA22. Nestes casos, a probabilidade de vir a desenvolver cancro da mama ao longo da vida é de aproximadamente 72% num indivíduo portador de mutação no gene BRCA1 e de 69% num indivíduo portador de mutações no gene BRCA2, face aos cerca de 13% em mulheres na população geral e 0,1% em homens na população geral4,5. Esta realidade torna as medidas de identificação atempada e o acompanhamento estruturado em medidas determinantes. “Para muitas famílias, o primeiro passo é a informação certa: saber quando procurar aconselhamento, como aceder ao teste e que decisões ponderar. Falar de cancro hereditário é proteger a geração seguinte”, refere Tamara Milagre, Presidente da Associação EVITA – Cancro Hereditário. O projeto recorda também evidência recolhida em ações anteriores: um inquérito de 2020 mostrou que, dos doentes oncológicos e seus familiares que já tinham ouvido falar de mutações BRCA, apenas 50,8% destes as associavam ao cancro da mama, revelando lacunas críticas de conhecimento que devem ser colmatadas.* “É importante que a sociedade compreenda que o diagnóstico de um cancro da mama hereditário na família não é uma fatalidade e que pode até ser uma oportunidade de vigiar, prevenir e tratar atempadamente e de forma personalizada”, afirma Sofia Maia, da Sociedade Portuguesa de Genética Humana (SPGH). Com o objetivo de chegar a cada vez mais pessoas que possam beneficiar desta informação, o “saBeR mais ContA” mobilizou parceiros institucionais ao longo de 2025, incluindo o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), com quem coorganizou, em maio de 2025, o encontro “Vamos falar de Cancro Hereditário?”, focado em aumentar a literacia de doentes e familiares sobre cancro hereditário e testagem genética. Promovido com o apoio da AstraZeneca e em parceria com Associação EVITA – Cancro Hereditário, Associação Careca Power, Associação MOG, Europacolon e Associação Portuguesa de Doentes da Próstata, e com o envolvimento de sociedades científicas como a Sociedade Portuguesa de Genética Humana, Sociedade Portuguesa de Ginecologia, Sociedade Portuguesa de Oncologia e Sociedade Portuguesa de Senologia, o “saBeR mais ContA” mantém a ambição de transformar conhecimento em ação durante todo o mês de outubro, da conversa em família à referenciação, passando pela vigilância adequada e decisões de prevenção informadas. “Em outubro, queremos que todos os doentes com cancro da mama — mulheres e homens — que tenham indicação para realizar o teste genético o façam dentro do prazo adequado. Identificar uma alteração nos genes BRCA1 ou BRCA2 pode abrir possibilidades para tratamentos específicos e personalizados. Além disso, conhecer a causa genética do cancro pode influenciar o plano de vigilância do doente e permitir decisões preventivas para os familiares em risco.” afirma Sofia Maia, da Sociedade Portuguesa de Genética Humana (SPGH).

“O Meu é Diferente do Teu” sensibiliza sobre os diferentes subtipos de cancro da mama

Promovida pela AstraZeneca e pela Daiichi Sankyo, a 3.ª edição da campanha “O Meu é Diferente do Teu”, tem como parceiros a associação Careca Power, a Evita, a Liga Portuguesa Contra o Cancro, a Sociedade Portuguesa de Senologia e a Sociedade Portuguesa de Oncologia. Nesta edição, a campanha continua a sensibilizar sobre os diferentes subtipos de cancro da mama e ressalva uma importante mudança em saúde pública: o alargamento do programa nacional de rastreio do cancro da mama para abranger mulheres entre os 45 e os 74 anos. O cancro da mama é o segundo cancro mais diagnosticado no mundo e em Portugal, sendo o mais diagnosticado em mulheres.2,3 De acordo com os dados do Global Cancer Observatory, de 2022, por ano, em Portugal, são diagnosticados cerca de 8.954 novos casos de cancro da mama e morrem cerca de 2.211 pessoas com este tipo de tumor. A mortalidade por cancro da mama tem vindo a diminuir nos países ocidentais, provavelmente em resultado de um diagnóstico mais precoce e da melhoria do tratamento. Na Europa, a incidência de cancro da mama tem vindo a aumentar nas mulheres jovens (<45 anos). O alargamento do rastreio, em vigor desde março de 2025, permitirá que milhares de mulheres até agora não incluídas passem a ter acesso a exames regulares. Isto permitirá uma deteção mais precoce, o que pode levar a um melhor prognóstico da doença. “O cancro da mama é hoje uma doença em permanente transformação, tanto na forma como é diagnosticado como nas estratégias terapêuticas disponíveis. O facto de o rastreio nacional passar a incluir mulheres a partir dos 45 e até aos 74 anos é particularmente relevante porque responde a duas realidades distintas. Por um lado, permite chegar a mulheres mais jovens, que ainda estão em idade ativa e muitas vezes não percepcionam o seu risco; por outro, garante acompanhamento a mulheres em idades mais avançadas, que continuam vulneráveis e que até aqui ficavam fora do programa. A deteção precoce é, sem dúvida, a chave para melhorar o prognóstico e para permitir tratamentos eventualmente menos agressivos. Quanto mais cedo conseguirmos intervir, maior a probabilidade de tratamento e, em muitos casos, cura e melhor qualidade de vida das doentes”, afirma o Dr. José Luís Passos Coelho, Presidente da Sociedade Portuguesa de Oncologia. Com o mote “Se somos todas diferentes, porque é que o nosso cancro há de ser igual?”, a Campanha “O Meu é Diferente do Teu” vem também sublinhar a existência de vários subtipos moleculares de cancro da mama, com diagnósticos, prognósticos e abordagens diferentes. O cancro da mama pode ser classificado de acordo com o status dos recetores moleculares específicos (proteínas) na superfície das células tumorais, tais como, recetores hormonais de estrogénio e progesterona (RE e RP) e o recetor do fator de crescimento epidérmico humano tipo 2 (HER2). De acordo com a presença ou não destes recetores nas células tumorais, determinado por técnicas laboratoriais pela anatomia patológica, existem quatro subtipos diferentes de cancro da mama, com prognósticos diferentes e abordagens individualizadas: Sinal da evolução científica nesta área e da mudança do paradigma de que se deve tratar a pessoa e não a doença, começam a ser reconhecidos novos perfis de diagnóstico, como o cancro da mama HER2-low (caracterizado por uma baixa expressão do biomarcador HER2). “Sabemos hoje que o cancro da mama é uma doença heterogénea e que não existem dois casos iguais. Esta diversidade biológica reforça a necessidade de individualizar o tratamento, adaptando-o a cada subtipo. Cada subtipo exige uma abordagem personalizada. É fundamental que as mulheres compreendam que perguntar ao médico qual é o seu tipo de cancro pode fazer toda a diferença na tomada de decisão partilhada quanto à escolha do tratamento e no prognóstico da doença. Mas para isso é crucial aumentar a literacia da população: é preciso que as mulheres entendam a importância de conhecer o seu subtipo e que estejam informadas sobre as opções que daí decorrem”, afirma a Dr.ª Gabriela Sousa, Presidente da Sociedade Portuguesa de Senologia e corrobora a Dr.ª Leonor Ribeiro, da Direção da Sociedade Portuguesa de Oncologia. O conhecimento científico tem permitido transformar a gestão clínica do cancro da mama, mas ainda há muito por fazer ao nível da literacia. Um diagnóstico informado é meio caminho para melhores resultados. “Com a campanha ‘O Meu é Diferente do Teu’, pretende-se sensibilizar para a importância do rastreio, mas também para esta realidade da diversidade do tipo de cancro, que tem impacto direto no dia a dia de quem recebe um diagnóstico e em toda a jornada da pessoa com cancro da mama. Só assim conseguimos promover decisões partilhadas resultando em tratamentos mais adequados ao perfil de cada pessoa”, sublinha a Dr.ª Gabriela Sousa e o Dr. Pedro Simões, da Direção da Sociedade Portuguesa de Oncologia. A Campanha é ativada nas redes sociais com a partilha de informação útil e prática sobre os subtipos de cancro da mama, diferentes estádios da doença e outras informações relevantes, através de vídeos, testemunhos e conteúdos educativos com o objetivo de promover a prevenção, aumentar o conhecimento e dar voz a todos os que vivem com a doença. Se lhe for diagnosticado cancro da mama, lembre-se que o seu subtipo pode ser diferente do de outra pessoa, mas conhecer essa diferença é o primeiro passo para encontrar o tratamento mais adequado. Por isso, lembre-se: “O Meu é Diferente do Teu”.

APAV apoiou mais de 10 mil homens vítimas de violência nos últimos dois anos

A Associação Portuguesa de Apoio à Vítima divulga as Estatísticas APAV | Vítimas no Masculino referentes ao apoio prestado entre 2022 e 2024 a vítimas do sexo masculino. De acordo com os dados, a APAV apoiou 10.261 homens vítimas de crime e de violência entre 2022 e 2024. Este número representa um aumento de 23,3% no total de vítimas do sexo masculino apoiadas — 3.013 em 2022, 3.532 em 2023 e 3.716 em 2024 — refletindo uma tendência crescente na procura de ajuda por parte dos homens. Durante este período, chegou ao conhecimento da APAV um total de 17.279 crimes e formas de violência praticados contra vítimas do sexo masculino, o que corresponde a um aumento de 19,8%. Em detalhe, foram 5.155 ocorrências registadas em 2022, 5.949 em 2023 e 6.175 em 2024, números que evidenciam não só o crescimento do fenómeno da vitimação masculina, como também a maior visibilidade e reconhecimento social destas situações. Entre as vítimas apoiadas, 3.556 eram crianças e jovens (com idades entre 0 e 17 anos), 4.167 adultos (entre 18 e 64 anos) e 1.136 pessoas idosas (com 65 ou mais anos). Em 13,6% dos casos (1.402 vítimas) não existe informação relativa à idade. Relativamente à nacionalidade, a maioria das vítimas era portuguesa (77,7%), seguindo-se as vítimas estrangeiras (12,1%). Em 10,2% dos casos, não foi registada informação sobre a nacionalidade. Os dados da APAV indicam ainda que os distritos com maior número de vítimas do sexo masculino foram Faro (20,2%), Lisboa (16,7%), Porto (10,8%) e Braga (9,6%), revelando uma distribuição territorial significativa em todo o país. No que diz respeito à relação da pessoa agressora com a vítima, destaca-se que, em 21,8% dos casos, a pessoa agressora era pai, mãe, padrasto ou madrasta; em 21,2%, encontrava-se ou esteve numa relação de intimidade com a vítima; e em 5,1%, a pessoa agressora era filho ou filha da vítima. Já 19,6% dos casos indicam outra relação entre agressor e vítima, 3% envolveram pessoas sem relação prévia, e em 29,3% não foi possível registar essa informação. A maioria dos casos envolveu vitimação continuada (36,6%), e cerca de 44,1% ocorreram na residência comum. A APAV assinala ainda que 29,8% das vítimas efetuaram o primeiro pedido de ajuda entre dois e seis anos após o início da vitimação, enquanto 10,9% demoraram 12 ou mais anos até procurar apoio. No que respeita à apresentação de queixa ou denúncia, 49% das vítimas apresentaram queixa, enquanto 34,1% não o fizeram, o que evidencia a necessidade de continuar a promover a confiança institucional e o acesso à justiça, especialmente no caso das vítimas do sexo masculino. Em 16,9% dos casos não existe informação disponível sobre esta matéria. No Top 6 dos crimes e formas de violência, destaca-se a violência doméstica, com 11.906 crimes registados, seguida pelos crimes de ofensa à integridade física (885), ameaça/coação (731), injúrias/difamação (570), burla (400) e abuso sexual de crianças (331). A APAV presta apoio gratuito, confidencial e especializado a vítimas de todos os crimes. A Linha de Apoio à Vítima, 116 006, funciona de segunda a sexta-feira, entre as 8h00 e as 23h00.

Setembro deste ano foi o 6º mais frio em Portugal Continental desde 2000

O mês de setembro de 2025 foi o 3º mais quente a nível Global e o 6º mais frio em Portugal Continental desde 2000. Conheça as conclusões do Boletim Climatológico na versão completa: GloboSetembro de 2025 foi 0.66 °C mais quente do que a média no período de 1991-2020, com uma temperatura média do ar à superfície de 16.11 °C (Figura 1), sendo o 3º setembro mais quente de que há registos. Foi o sexto mês nos últimos 27 meses em que a temperatura média global foi inferior a 1.5°C em relação aos níveis pré-industriais, tendo registado uma anomalia de +1.47ºC. Europa Portugal ContinentalO mês de setembro de 2025 classificou-se como frio em relação à temperatura média do ar e seco em relação à precipitação. Temperatura do ar: Precipitação:

Estudo da Uminho propõe recolha mecanizada de RSU para prevenir lesões dos trabalhadores

Maioria dos trabalhadores de recolha de resíduos sólidos urbanos sofre de dores no corpo revela agora a tese de doutoramento de Pamela Sant’Anna que propõe uma nova abordagem à recolha de RSU. Um estudo da Escola de Engenharia da Universidade do Minho, realizado por Pamela Sant’Anna, avaliou uma amostra de 54 trabalhadores da recolha de resíduos sólidos urbanos (RSU) de três concelhos do Norte de Portugal e concluiu que 85% deles relataram dores musculoesqueléticas no último ano, sobretudo na zona lombar (65%), ombros (63%) e joelhos (50%). A pesquisa concentrou-se na análise do processo de recolha manual de RSU porta a porta ou depositados em contentores móveis. A investigadora constatou também que 18% dos inquiridos apresentaram sobrecarga cardiovascular durante a realização do conjunto de tarefas associadas à recolha manual de RSU. Ensaios conduzidos em condições experimentais controladas, com recurso a dez voluntários (estudantes e profissionais) da UMinho, revelaram também que levantar, carregar e lançar sacos ou empurrar contentores resultaram em risco postural elevado. “Recomenda-se a recolha mecanizada com contentores de quatro rodas, e em equipas de duas pessoas, como alternativa mais segura para reduzir o esforço físico e prevenir lesões”, diz Pamela Sant’Anna, que desenvolveu a investigação no Centro Algoritmi e no âmbito da sua tese de doutoramento em Engenharia Industrial e de Sistemas. O estudo contou com a orientação dos professores Nélson Costa e Pedro Arezes, da Escola de Engenharia da UMinho, e Eliane Lago, da Escola Politécnica da Universidade de Pernambuco (Brasil). “É urgente repensar os métodos de recolha de RSU, porque influenciam diretamente a saúde destes profissionais, que têm uma função essencial nas cidades, mas ainda invisibilizada”, realça a autora. A sua investigação visa ainda contribuir para a formulação de políticas públicas de saúde ocupacional e gestão de resíduos, promovendo melhores condições de trabalho e uma maior sustentabilidade no setor.

APAV alerta para maior atenção a idosos vítimas de agressões por parte dos filhos

A Associação Portuguesa de Apoio à Vítima divulga as Estatísticas APAV | Filhos/as que agridem os pais/as mães | 2022 — 2024. A APAV considera que é “uma realidade que exige maior atenção às respostas de apoio especializado e às medidas de prevenção dirigidas a uma faixa etária particularmente vulnerável.”Entre 2022 e 2024, a APAV apoiou 2.813 pais e mães vítimas de violência praticada por filhos e filhas, um número que traduz uma realidade particularmente sensível da violência intrafamiliar, frequentemente associada ao envelhecimento da população e à dependência entre gerações.Durante este período, a APAV registou 5.654 crimes e formas de violência cometidos contra pais e mães, sendo a violência doméstica o tipo de crime mais comum (82,3%), seguida de outros crimes contra pessoas e contra o património (17,7%).A maioria das vítimas era do sexo feminino (79,7%), seguindo-se vítimas do sexo masculino (19,1%) e uma pequena percentagem de pessoas intersexo (0,4%). Em 58,3% dos casos, as vítimas tinham 65 ou mais anos, evidenciando o impacto da violência na população idosa. Os distritos com maior número de casos registados foram Lisboa (18,1%), Porto (15,9%), Faro (15,7%), Braga (13,3%) e Setúbal (8,8%), revelando uma distribuição geográfica alargada, com incidência relevante nas áreas metropolitanas e no sul do país. Quanto às pessoas agressoras, 69% eram do sexo masculino e 30% do sexo feminino. Em termos etários, a maioria tinha entre 18 e 64 anos (62,8%), havendo ainda 3,1% com menos de 18 anos e 1,6% com 65 ou mais anos. Em relação à apresentação de queixas ou denúncias junto das autoridades judiciais, os dados revelam que quase metade das vítimas (48%) não recorreu a esse tipo de procedimento, 37,5% decidiram apresentar queixa ou denúncia, e sobre 14,5% dos casos não existe informação disponível. Estes números evidenciam não só a complexidade do fenómeno da violência filial, mas também as barreiras e dificuldades que muitas vítimas enfrentam no acesso à justiça. A APAV reforça a importância de continuar a sensibilizar para esta forma de violência doméstica, muitas vezes invisibilizada, e recorda que presta apoio jurídico, psicológico e social gratuito e confidencial a todas as vítimas de crime através da Linha de Apoio à Vítima 116 006 (gratuita e disponível nos dias úteis, das 8h às 23h), bem como pela sua rede nacional de gabinetes e estruturas de proximidade.

GNR no combate ao bullying em contexto escolar realiza ações de sensibilização nas escolas

A Guarda Nacional Republicana lembrou ontem, Dia Mundial do Combate ao Bullying, o trabalho que tem feito no âmbito do combate à violência, ofensas, ameaças e qualquer tipo de intimidação em contexto escolar. A Guarda revela que “Só no atual ano letivo 2025/2026, particularmente de 13 a 20 de outubro de 2025, período em que as Secções de Prevenção Criminal e Policiamento Comunitário (SPC) se encontram a desenvolver ações de sensibilização, neste âmbito específico, junto da comunidade escolar, a Guarda já realizou 336 ações de sensibilização relacionadas com o bullying e ciberbullying, tendo sido abrangidas 12 945 crianças (dados provisórios).”. No ano letivo de 2024/2025 a GNR realizou 1 537 ações de sensibilização, direcionadas para 55 108 crianças e jovens, maioritariamente em contexto escolar, tendo sido abrangidos vários dos 4 604 estabelecimentos de ensino público e privado à responsabilidade da GNR (dados provisórios).Ainda no ano letivo de 2024/2025, a Guarda registou 119 ocorrências, nomeadamente 106 de bullying e 13 de cyberbullying. A saber que: O bullying é um conjunto de atos que servem para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e reiterados, praticados por uma ou mais pessoas no contexto de uma relação desigual de poder, causando dor e angústia na(s) vítima(s). Atualmente, e associado ao recurso às novas tecnologias, nomeadamente às redes sociais, o bullying tem assumido novos contornos, dando origem à vertente virtual do ciberbullying.Por norma os sinais de alerta são silenciosos, aconselhando-se os pais, professores e todos os cuidadores a estarem atentos a sinais, tais como alterações de humor, abatimento físico e/ou psicológico, sinais de impaciência ou ansiedade, queixas físicas permanentes (dores de cabeça, de estômago, perturbações no sono, nódoas negras), irritabilidade extrema, ou qualquer outra mudança de comportamento.Tal como acontece com a saúde física, também a saúde mental exige cuidado e atenção. Promover o reconhecimento e a regulação das emoções, fomentar a capacidade de resiliência face a dificuldades e desenvolver a empatia, através da compreensão do outro e da criação de redes de apoio, são fatores determinantes para o bem-estar psicológico dos jovens. Neste processo, o papel da família, dos pares e das escolas é determinante. A presença constante de familiares e amigos, o acompanhamento atento por parte da comunidade escolar, nomeadamente professores e psicólogos, bem como a intervenção especializada dos profissionais de saúde, constituem uma rede de apoio essencial.A normalização da procura de apoio psicológico e médico deve ser encarada como um gesto de coragem e autocuidado. Importa, por isso, promover uma cultura de escuta ativa, onde os jovens se sintam seguros para partilhar as suas experiências, e onde os seus sentimentos sejam validados, mesmo na ausência de soluções imediatas. Se precisar de ajuda ou tiver conhecimento de alguma situação de bullying não hesite em contactar:• Via telefónica, o SNS Prevenção Suicídio, através do número 808 24 24 24;• Via telefónica, através do número europeu de emergência: 112Estes serviços são anónimos, confidenciais e estão disponíveis para ouvir quem mais necessita porque, conversar pode mudar vidas.