CIM do Alto Tâmega e Barroso contra as minas do Barroso
O Conselho Intermunicipal da Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Tâmega e Barroso, constituído pelos presidentes dos municípios de Boticas, Chaves, Montalegre, Ribeira de Pena, Valpaços e Vila Pouca de Aguiar, está contra a implementação dos projetos mineiros em Boticas e Montalegre. Em reunião dos autarcas destes concelhos ficou vincada a total oposição de todos contras as minas e o seu apoio à realização de ações que travem a concretização destas minas. Recorde-se que os projetos “Mina do Barroso”, em Boticas, e “Mina do Romano”, em Montalegre, obtiveram luz verde da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), que emitiu uma Declaração de Impacte Ambiental (DIA) favorável a ambas as minas, embora condicionada à implementação de medidas de mitigação e de compensação. Numa moção enviada à redação a CIM considera que “é evidente e reconhecido o impacte negativo aos vários níveis elencados nos projetos mineiros em causa, e as medidas de mitigação propostas não respondem às necessidades de proteger o meio ambiente e as comunidades afetadas, não otimizando o desempenho ambiental dos projetos, que é condição sine qua non para aprovação dos mesmos;”. Considera ainda “os pareceres favoráveis – condicionados – assentam em projetos que,reconhecidamente, não têm condições para avançar sem lesão grave e irremediável detodo o ecossistema da região, atento os inúmeros impactes negativos dos projetos,tentados disfarçar com medidas de mitigação, que não anulam os mesmos;”. Os autarcas consideram que compete à Comunidade Intermunicipal do Alto Tâmega e Barroso, a promoção doplaneamento e de gestão da estratégia de desenvolvimento económico, social, eambiental no território e como tal querem proteger a atividade agrícola e a agroindústria, a a atividade turística e o património cultural, que considera ameaçado com o avanço das minas.