A promessa é de uma viagem até ao universo e quem por lá passou, parece já rendido aos encantos desta que é uma exposição, no mínimo, inédita.
Os idosos que integram o programa Celorico a Mexer estão, durante a semana de 13 a 16 de fevereiro, a celebrar o Amor, com as tradicionais "Tertúlias de Amor". A ação decorre no auditório do Prado e conta com a participação de todos os idosos que integram o programa.
"xXx: O Regresso de Xander Cage" e "La La Land: Melodia de Amor" em exibição.
Na próxima 6ª feira o realizador João Monteiro vai estar em Amarante para apresentar o seu filme "Nos Interstícios da Realidade ou o Cinema de António de Macedo". O filme foi escolhido para encerrar o DocLisboa do ano passado e esteve em exibição no recente Festival Luso-Brasileiro de Santa Maria da Feira. Antes de entrar no circuito comercial, acontece uma sessão especial.
Cinema Teixeira de Pascoaes
6ª feira | 21: 30
Dia 17
Nos Interstícios da Realidade ou o Cinema de António de Macedo
De João Monteiro
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=ZbM-dUvdEXs
2016 / PORTUGAL / 100'
Notas:
O filme "Nos interstícios da realidade", de João Monteiro, sobre o cinema do realizador António de Macedo e a rejeição de que foi alvo, estreia-se no sábado, no encerramento oficial do Festival Internacional de Cinema DocLisboa. "Nos interstícios da realidade ou o cinema de António de Macedo" reúne imagens de arquivo, excertos de filmes, depoimentos e entrevistas que traçam o percurso de António de Macedo, desde a década de 1960 até à homenagem que a Cinemateca lhe prestou em 2012.
António de Macedo, 85 anos, é considerado um dos fundadores do movimento do Cinema Novo Português, ao lado de Fernando Lopes e Paulo Rocha, mas o nome dele foi sendo consecutivamente esquecido. O cineasta terminou a carreira nos anos 1990, ao fim de várias décadas de polémicas, incompreensão e falta de apoios financeiros. "Não queria apresentá-lo como uma vítima do cinema português, porque ele fez o que quis e como quis. Mas há todo um contexto do cinema dele, um clima político e social crispado", contou João Monteiro à agência Lusa.
João Monteiro, que se estreia na realização de longas-metragens, começou a fazer o filme em 2009. Falou com atores, produtores, críticos de cinema, investigadores e realizadores, alguns dos quais já desaparecidos, como Fernando Lopes e José Fonseca e Costa. Com a estreia num festival como o DocLisboa, João Monteiro espera que se fale mais do cinema de António de Macedo e se comece a questionar a razão de ser pouco conhecido e divulgado. "O filme foi feito a pensar no público português e gostava de conseguir lançar os filmes dele em DVD. Se se despertar a vontade de ver o cinema dele e depois não estiver disponível...", sublinhou João Monteiro. Com formação em arquitetura, António de Macedo foi cineclubista, filmou entre as décadas de 1960 e 1990, esteve na origem da primeira cooperativa de cinema e deixou cerca de uma dezena de longas-metragens e quase meia centena de curtas-metragens, com um pendor experimental e contra-corrente, com o que vigorava no cinema."Foi o primeiro a ir a Veneza, o primeiro a estar em Cannes, o primeiro a filmar um nu integral, a usar jazz e eletrónica; é o único cineasta com obra contínua no campo do fantástico e ninguém sabe, ninguém se lembra", afirmou João Monteiro. No documentário fala-se, por exemplo, da primeira longa-metragem, "Domingo à tarde" (1965), fundadora do Cinema Novo, da polémica estreia de "As Horas de Maria" (1979), filme com o qual António de Macedo foi considerado blasfemo e chegou a receber ameaças de morte. "Entre críticos e cineastas, tenho vergonha de o dizer, quiseram apagá-lo da história do cinema português", afirma Fernando Lopes no filme. José de Matos-Cruz, investigador, acrescenta que António de Macedo radicalizou o seu percurso no cinema, mas "tornou-se numa 'persona non grata'".
Os realizadores João Salaviza, Alberto Seixas Santos e António-Pedro Vasconcelos, que se diz arrependido de ter feito uma crítica negativa a um filme de António de Macedo, o produtor António da Cunha Telles, a realizadora Susana de Sousa Dias – filha do cineasta -, o crítico de cinema Jorge Leitão Ramos e o ator Sinde Filipe são algumas das figuras que participam no documentário. Quase no final do filme, António de Macedo afirma: "Procurei sempre tentar inovar, fazer qualquer coisa que movimentasse, que agitasse este país em termos cinematográficos, e nunca tive resposta positiva".
Foi inaugurada a exposição "Auschwitz: Marca (s) de uma herança 70 anos depois" do autor David Araújo, repórter da RTP, na biblioteca municipal de Mondim de Basto