A Guarda Nacional Republicana lembrou ontem, Dia Mundial do Combate ao Bullying, o trabalho que tem feito no âmbito do combate à violência, ofensas, ameaças e qualquer tipo de intimidação em contexto escolar.
A Guarda revela que “Só no atual ano letivo 2025/2026, particularmente de 13 a 20 de outubro de 2025, período em que as Secções de Prevenção Criminal e Policiamento Comunitário (SPC) se encontram a desenvolver ações de sensibilização, neste âmbito específico, junto da comunidade escolar, a Guarda já realizou 336 ações de sensibilização relacionadas com o bullying e ciberbullying, tendo sido abrangidas 12 945 crianças (dados provisórios).”.
No ano letivo de 2024/2025 a GNR realizou 1 537 ações de sensibilização, direcionadas para 55 108 crianças e jovens, maioritariamente em contexto escolar, tendo sido abrangidos vários dos 4 604 estabelecimentos de ensino público e privado à responsabilidade da GNR (dados provisórios).
Ainda no ano letivo de 2024/2025, a Guarda registou 119 ocorrências, nomeadamente 106 de bullying e 13 de cyberbullying.
A saber que:
O bullying é um conjunto de atos que servem para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e reiterados, praticados por uma ou mais pessoas no contexto de uma relação desigual de poder, causando dor e angústia na(s) vítima(s). Atualmente, e associado ao recurso às novas tecnologias, nomeadamente às redes sociais, o bullying tem assumido novos contornos, dando origem à vertente virtual do ciberbullying.
Por norma os sinais de alerta são silenciosos, aconselhando-se os pais, professores e todos os cuidadores a estarem atentos a sinais, tais como alterações de humor, abatimento físico e/ou psicológico, sinais de impaciência ou ansiedade, queixas físicas permanentes (dores de cabeça, de estômago, perturbações no sono, nódoas negras), irritabilidade extrema, ou qualquer outra mudança de comportamento.
Tal como acontece com a saúde física, também a saúde mental exige cuidado e atenção. Promover o reconhecimento e a regulação das emoções, fomentar a capacidade de resiliência face a dificuldades e desenvolver a empatia, através da compreensão do outro e da criação de redes de apoio, são fatores determinantes para o bem-estar psicológico dos jovens. Neste processo, o papel da família, dos pares e das escolas é determinante. A presença constante de familiares e amigos, o acompanhamento atento por parte da comunidade escolar, nomeadamente professores e psicólogos, bem como a intervenção especializada dos profissionais de saúde, constituem uma rede de apoio essencial.
A normalização da procura de apoio psicológico e médico deve ser encarada como um gesto de coragem e autocuidado. Importa, por isso, promover uma cultura de escuta ativa, onde os jovens se sintam seguros para partilhar as suas experiências, e onde os seus sentimentos sejam validados, mesmo na ausência de soluções imediatas.
Se precisar de ajuda ou tiver conhecimento de alguma situação de bullying não hesite em contactar:
• Via telefónica, o SNS Prevenção Suicídio, através do número 808 24 24 24;
• Via telefónica, através do número europeu de emergência: 112
Estes serviços são anónimos, confidenciais e estão disponíveis para ouvir quem mais necessita porque, conversar pode mudar vidas.