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Setembro 20, 2024

“A gestão da floresta é muito mais abrangente do que apenas “limpar” mato” – Eugénio Fernandes Carvalho

Artigo de Opinião Em traços gerais, no passado, a agricultura, a criação de gado e a floresta constituíam um sistema de gestão tendo por base o uso do fogo e o pousio. A paisagem era dominada por um agrossistema dividido em agricultura, em terrenos para pastagens e por matas com espaços florestais arborizados, onde cada um apresentava um regime próprio de aplicação do fogo.Este sistema criava mosaicos interdependentes e cuja dinâmica era determinada pela comunidade humana. Este sistema permitia encaixar cada uma das peças que deviam compor a paisagem rural e manter os seus processos ecológicos, onde o fogo disponibilizava a energia necessária para alimentar e manter a estrutura e dinâmica do sistema.Com o passar do tempo, todos percebemos que a paisagem foi perdendo de forma significativa uma das componentes que a formavam no passado e, naturalmente, foi perdendo capacidade de retenção do fogo antropogénico, então o fogo de origem natural alimentar-se-á do combustível acumulado e irá impor um regime alternativo de fogo – os grandes incêndios rurais.Depois dos grandes incêndios – catastróficos – de 2017 em Pedrógão Grande foram-se desenhando politicas florestais para tentar reduzir e mitigar estes fenómenos nas nossas florestas e simultaneamente fomentar capacidade de resiliência das mesmas ao uso do fogo, não obstante, o sistema florestal é geracional e não produz efeitos a curto prazo porque deverá ser planeado e operacionalizado a médio/longo prazo.Teríamos argumentos, conhecimento cientifico e técnico para escrever um sem fim de palavras e textos, mas de forma breve podemos também olhar para este fenómeno com diversas valências, através da aplicabilidade dos apoios comunitários e nacionais investidos na floresta, onde devemos refletir com seriedade: A gestão da floresta é muito mais abrangente do que apenas “limpar” mato, porque é um sistema dinâmico que varia conforme as circunstancias do meio onde está inserido.Quando falamos da falta de meios e de operacionais, devemos refletir que muitos deles são bombeiros voluntários, fazem o bem em troca de nada, quando se trata de bombeiros sapadores, sapadores florestais e da força especial de bombeiros convém refletir na motivação que os levou a exercer aquela profissão no passado e quais as regalias que possuem atualmente, como por exemplo: o salário base está atrativo? O subsídio de risco é condizente com o risco de vida colocado na prática laboral? Os meios que possuem para esta prática são os mais adequados e oferecem a segurança necessária?Antes de criticarmos a falta destes heróis trabalhadores, que colocam a vida deles em risco para proteger a nossa, devemos parar e refletir sobre todo o contexto envolvente para depois efetivarmos uma ação eficaz.Ainda no ano passado, até dezembro de 2023, no exercício da minha atividade profissional, submeti um conjunto de várias candidaturas ao Programa “Vales Floresta” que consiste no financiamento para gestão de matos em espaços arborizados. O resultado das mesmas até agora é o mesmo do dia em que foi submetido – nenhum – inoperância é a palavra que se adequada neste momento às politicas de apoio à floresta.Por cá, onde a propriedade é de minifúndio, toda esta gestão técnica é de extrema sensibilidade mas já temos experiência suficiente para perceber que estes fenómenos são cíclicos e há técnicas, formas e meios de conseguir reduzir este flagelo basta haver motivação através de uma vontade política bem vincada, sensibilidade dos proprietários de espaços rurais e cooperação de todos os agentes envolvidos. Agora, resta-nos esperar que as condições meteorológicas contribuam para a minimização deste pesadelo para depois, quem de direito, consiga colocar “mãos ao trabalho” de forma eficaz sem olhar a “interesses” dúbios. Eugénio Fernandes CarvalhoLicenciatura e Mestrado em Eng.ª FlorestalTécnico Credenciado em Fogo Controlado

Curso de Nadador Salvador começa a 15 de Outubro em Amarante

O Município de Amarante em parceria com Os Delfins – Associação de Nadadores Salvadores, promove o Curso de Nadador Salvador, nas Piscinas Municipais de Amarante e Vila Meã, entre os dias 15 de outubro e 21 de novembro. A formação, com duração de 150 horas, realiza-se em horário pós-laboral e tem um custo de 200 euros, com oferta de manual e seguro. O curso, ministrado por formadores especializados da Associação Os Delfins, combina formação teórica e prática, com foco em técnicas de salvamento aquático, socorrismo, e resgate em diferentes contextos.Os requisitos necessários para admissão neste curso são, de acordo com o nº 31 da Portaria 373/2015 de 20 de outubro, ser maior de idade, possuir escolaridade mínima obrigatória, dominar a língua portuguesa e ter conhecimentos da língua inglesa.

Padre Sérgio Araújo toma posse este fim-de-semana

A tomada de posse do Padre Sérgio Araújo em várias paroquias de Celorico de Basto acontece no próximo fim-de-semana. Em S. Miguel de Carvalho pelas 16 horas no próximo sábado, em Borba da Montanha pelas 18 horas e Arnoia no próximo domingo pelas 18 horas. Natural de Oleiros S. Vicente, Guimarães, Sérgio Araújo nasceu a 8 de Junho de 1993. A sua ordenação presbiteral aconteceu a 21de Julho deste ano. Foi assim nomeado Administrador Paroquial das Paróquias de Arnoia (São João Baptista), de Basto (Santa Tecla), de Borba da Montanha (Santa Maria) e de Carvalho (São Miguel), Arciprestado de Celorico de Basto, tendo como Moderadores o Padre José António Ribeiro de Lima Carneiro e o Padre Vítor Manuel Costa Araújo.