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Julho 17, 2024

Centro Interpretativo de Veade já aberto ao público

O Centro Interpretativo da igreja de Veade, em Celorico de Basto, integrado na Rota do Românico foi inaugurado no passado domingo, 14 de Julho. Foi realizada uma missa, seguida do descerramento da placa evocativa da obra reabilitada e adaptada de um edifício contiguo à igreja de Santa Maria de Veade. “Cada pedra deste edifício conta uma história, cada detalhe arquitetónico é uma ligação direta às nossas raízes” disse o Presidente da Câmara Municipal de Celorico de Basto. “Quer o sr. Presidente de Junta, Sr. Peneda, quer o sr. Padre Parcídio, há muito sonhavam com esta obra, uma obra que vai permitir que a Rota do Românico tenha aqui um Centro interpretativo nesta igreja. Um centro interpretativo que representa um marco na valorização e preservação do nosso património cultural e histórico e é testemunho do nosso compromisso em honrar e promover a nossa herança cultural”. Para o autarca celoricense “a igreja de Santa Maria de Veade é uma joia da arquitetura românica que tem resistido ao tempo, permanecendo como um símbolo da nossa fé e identidade cultural. Esta igreja tem sido um local de devoção ao longo dos séculos abrigando eventos significativos para a comunidade. A sua arquitetura com os seus capitães esculpidos no portal românico e os frescos antigos falam-nos de uma era de grandeza e profunda espiritualidade. Cada pedra deste edifício conta uma história, cada detalhe arquitetónico é uma ligação direta às nossas raízes”. Saber mais Com o recurso a textos explicativos, esquemas gráficos e um documentário, a narrativa museográfica deste centro permite ao visitante conhecer, de uma maneira simples e direta, a cronologia da Igreja de Veade, desde as suas origens até à atualidade, na qual integra o projeto turístico e cultural da Rota do Românico. O centro interpretativo está localizado num edifício contíguo à igreja, onde se pode também observar alguns dos fragmentos românicos, com a sua icónica iconografia, que pertenceram ao portal principal e ao arco triunfal da primitiva Igreja de Veade, desmantelada em 1732. Os primórdios da Igreja de Santa Maria de Veade remontam a um eremitério, ou a um pequeno mosteiro, que, no século XII, se encontrava ligado à linhagem dos Guedeões, “tenentes” ou “ricos-homens” de Basto. Prova disto é a inscrição situada na fachada norte da igreja, dedicada a D. Dórdia Gomes, uma rica-dona com fama de piedosa e que estará na origem dessa instituição religiosa. Nos séculos XVII e XVIII, a Igreja de Veade foi profundamente intervencionada por iniciativa dos seus encomendadores, influentes senhores da Ordem de Malta. Da fábrica românica, para além dos fragmentos citados, restam os portais laterais norte e sul da igreja, com ornamentação que a liga aos templos medievais das bacias do Tâmega e Douro.

Celoricense é Vice Campeão Nacional de Juniores nos 50m livres

O nadador celoricense Manuel Alves Gonçalves sagrou-se vice-campeão nacional de natação no escalão júnior. Participou no campeonato nacional de juvenis, juniores e seniores que decorreu a 14 de Julho no Complexo Desportivo do Jamor, em Lisboa. Na prova dos 50 metros livres, registou o tempo de 24,45. Manuel Alves Gonçalves, Né como é conhecido, é atleta do Clube de Natação de Celorico de Basto. “O Né sempre acreditou no seu potencial, é um jovem muito completo e considerando as condições que dispõe para a prática da modalidade, apresenta resultados incríveis, esteve perto dos campeonatos da Europa”, refere o treinador Francisco Soares.

Concluída obra de colocação de cobertura e laterais de proteção no Centro Escolar da Vila

Está concluída a obra de colocação de cobertura e colocação de proteções laterais no Centro Escolar da Vila em Celorico de Basto.O Município de Celorico de Basto concluiu a obra que era uma antiga reivindicação da direção da escola e da associação de pais. “Com esta intervenção, as crianças passam a dispor de um espaço de recreio adequado para os dias de condições climatéricas adversas, melhorando significativamente as suas condições de bem-estar.”, revela em comunicado. Maria José Marinho, Vereadora com o pelouro da Educação, fez uma visita à obra acompanhada pelo Diretor do Agrupamento de Escolas, Domingos Carvalho e pela Coordenadora do Centro Escolar da Vila, Helena Pinto: “Estamos muito satisfeitos por ver esta obra concluída. Foi um compromisso assumido pelo Município para garantir que as nossas crianças têm as melhores condições possíveis para o seu desenvolvimento. Com esta cobertura e proteções laterais, proporcionamos um espaço onde as crianças podem brincar e interagir de forma segura, mesmo nos dias de chuva ou vento.”Domingos Carvalho, Diretor do Agrupamento de Escolas, também expressou a sua satisfação: “Esta obra é uma conquista importante para a nossa comunidade escolar. Há muito que sentíamos a necessidade de um espaço adequado para as crianças nos dias de mau tempo. Agradecemos ao Município por atender a este pedido, que certamente trará benefícios significativos para o bem-estar e a aprendizagem dos nossos alunos.”A obra foi projetada para fornecer um espaço seguro e protegido para as atividades de recreio das crianças, independentemente das condições meteorológicas. “Com esta nova infraestrutura, espera-se que os alunos possam usufruir de momentos de lazer e aprendizagem ao ar livre, sem as limitações impostas pelas condições climatéricas.”, referiu a vereadora.

UMinho – estudantes realizam escavações arqueológicas em cinco concelhos

Uma centena de estudantes de Arqueologia da Universidade do Minho está a realizar este mês trabalhos de campo em Albergaria-a-Velha (distrito de Aveiro), Arcos de Valdevez (distrito de Viana do Castelo), Braga, Terras de Bouro e Vila Verde (distrito de Braga). Estes alunos de licenciatura e de mestrado têm escavado e analisado vestígios de várias épocas históricas, no âmbito de estágios supervisionados e protocolados com os cinco municípios. Nas atividades participam ainda alguns estudantes de História, a nível extracurricular, e das universidades Federal de Mato Grosso do Sul (Brasil) e Rovira i Virgili (Espanha). Diz a universidade em comunicado que ” tipo de intervenções é realizado há muitos anos em várias geografias, tendo da parte da UMinho o apoio do Departamento de História, do Instituto de Ciências Sociais, da Unidade de Arqueologia e do Laboratório de Paisagens, Património e Território.” Em Albergaria-a-Velha, as campanhas decorrem desde 2014 no monte de São Julião, freguesia da Branca, tendo-se identificado restos da estrutura que delimitava há três mil anos o povoado, um monumento funerário (mamoa) e mais de 50.000 fragmentos de cerâmica, entre outros vestígios desde a Pré-História. O foco deste verão é a mamoa, devido à complexidade da sua estrutura e às suas múltiplas utilizações ao longo dos séculos. A ação envolve ainda o Centro de Arqueologia de Arouca e a 24 de julho, Dia Internacional da Arqueologia, o público vai ser convidado a contactar os arqueólogos e participar em atividades. Nos Arcos de Valdevez, pesquisa-se desde 2018 a paisagem na freguesia do Extremo, tendo-se já identificado três fortes do século XVII, entre outros. Este ano pretende-se perceber como e quando se formaram os socalcos, analisar materiais arqueológicos e sementes antigas e verificar com os moradores as práticas agrícolas de outrora e os topónimos (caminhos, moinhos, canalizações…), segundo a investigadora Rebeca Blanco-Rotea. O Extremo tem também envolvido alunos de Arquitetura da UMinho e cientistas dos projetos internacionais Land-CST, Rurarq, Cultur-Monts e New Ruralities, tendo apoios como o laboratório IN2Past, a Xunta de Galicia, o Interreg e o Erasmus+. No centro de Braga, as escavações decorrem na parte superior da Colina da Cividade e visam compreender a organização e cronologia daquelas construções da cidade romana de Bracara Augusta, que apontam para a sua ocupação entre os séculos I e VII. A coordenação cabe à professora Fernanda Magalhães. Naquela colina, estudada pela UMinho desde os anos 70 e que inclui teatro e termas romanos, a autarquia prevê a musealização do espaço, um centro interpretativo e um parque urbano para 2025/26. Já em Terras de Bouro, a investigação incide na Geira Romana, um troço de 30km da via que ligava Braga a Astorga, onde está a maior concentração de marcos miliários do noroeste peninsular, além de pontes, muros e calçadas quase intactos. O município apoia no alojamento, refeições e transporte da equipa coordenada pela professora Helena Paula Carvalho, cedendo o Núcleo Museológico de Campo do Gerês para o trabalho de gabinete e o depósito do material de prospeção. Apoiada ainda pela tutela, a colaboração satisfaz os interesses de ensino e pesquisa académicos e de proteção, conservação e valorização do património local. Por Vila Verde, as escavações no monte do Oural, junto ao rio Neiva, são conduzidas desde 2023 pela professora Ana Bettencourt e pelo arqueólogo Luciano Vilas Boas. Descobriu-se já uma mamoa ou anta com mais de 5000 anos e um aparente átrio para o seu interior, o que acentua o valor desse património funerário das primeiras comunidades de pastores e agricultores locais. Encontrou-se igualmente três monumentos megalíticos, restos de cerâmica e um conjunto de arte rupestre na zona envolvente. A autarquia perspetiva a musealização do espaço, contribuindo para a sua afirmação histórica, cultural e turística.