Foi no passado fim-de-semana que foram coroados vencedores e campeões, naquela que foi uma das mais competitivas edições do Campeonato Portugal Trial 4×4, numa organização do Clube Trilhos do Norte em parceria com o município de Vila Nova de Famalicão e a Junta de Freguesia de Ribeirão.“Foram dois dias em que o Campeonato Portugal Trial 4×4 animou a vila de Ribeirão, mas também todo o concelho de Famalicão, não só foi lembrada pelas várias modalidades e atividades ligadas ao desporto motorizado, mas também o melhor trial 4×4.“, retrata a organização.Dez anos volvidos, Luís Jorge manteve a chama do título bem viva na cidade de Famalicão, depois do último grande título conquistado em 2013 na cidade de Paredes. O piloto do “Café Restaurante A Cuba”, acompanhado por Daniel Esteves, terminou a derradeira jornada na terceira posição, que lhe valeu a conquista do tão ambicionado título Absoluto. Glória para os vencedores… Honra aos vencidos…Ao cabo de seis jornadas o Campeonato Portugal Trial 4×4 chega ao fim, mas, não fica por aqui! A próxima época já está a ser programada, 2 e 3 de Março é a primeira prova e claro está, será em Valongo, palco da abertura da temporada de 2024.Em termos Absolutos, a vitória foi conquistada pela dupla Daniel Carapau/Ruben Filipe (G&C Trial Team XS5), que ainda mantinha matematicamente a esperança de poder chegar ao título. No entanto, não dependiam apenas de si, muitas contas teriam de ser feitas. A missão da dupla de Torres Vedras foi cumprida… vencer, mas, teriam de aguardar o que poderia fazer Luís Jorge (Café Restaurante a Curva) e Rui Rocha (Team RJ69). Ainda pairou no ar alguma possibilidade… depois dos contratempos por que passou o campeão em Título ao passar pelas boxes para proceder a reparações na sua viatura: “Foi uma prova à nossa medida. O dia esteve excecional para a prática do Trial,4×4. Uma prova que não exigiu só do piloto, mas também do navegador, mas é uma equipa e a equipa está cá para isto. O carro teve um comportamento espetacular. Para aquilo que conseguimos fazer ao longo do ano, acho que é bastante proveitoso, terminar a temporada a vencer. Esta é uma vitoria de toda a equipa, mas em especial ao Francisco Gomes da XS5, o nosso preparador”, disse no final Daniel Carapau.Mas, as conquistas têm mais sabor com sofrimento e muita luta, argumentos que transbordam na vontade de vencer de Luís e Rocha, dois dos grandes animadores desta jornada, a que se juntaram Nuno Santos (Ediprova) e Paulo Ferreira (Quetal) que ainda passaram pela liderança. No entanto, Daniel Carapau e Ruben Filipe queriam terminar com chave de ouro uma temporada de grande nível, assumindo a liderança à quinta passagem pela linha de meta e não mais de lá saíram, trazendo na sua alçada Rui Rocha e Pedro Campas, segundos classificados, que lhes garantiu a mesma posição em termos Absolutos e a renovação do título nacional da Classe Super Proto: “Com alguns problemas mecânicos, fizemos um segundo lugar, não era o resultado que queríamos, mas, fizemos o que podíamos, depois de tantas adversidades mecânicas. Fomos aguentando para chegar ao título na Classe Super Proto”, disse no final Rui Rocha.Luís Jorge e Daniel Esteves, seguiram-se na terceira posição, suficiente para carimbar o título Absoluto: “Uma vitória arrancada a ferros. Faço trial há mais de 20 anos e nunca tive de parar por falta de gasóleo… Hoje não sei o que se passou com o carro, faltou gasóleo e água, mas nunca desistimos. Andamos sempre na traseira do Rui a controlar, suficiente para sermos campeões nacionais. Uma pista espetacular, cinco estrelas. Não acusamos a pressão, e dez anos depois reconquisto mais um título absoluto e é uma boa estreia para o Daniel”, afirmou o “veterano” Luís Jorge que acrescentou a segunda posição na Classe Super Proto, ganha pela dupla Rocha/Campas. Daniel Carapau e Ruben Filipe, asseguraram a terceira posição final em ambas as Classes. Com as contas baralhadas, e quatro candidatos matematicamente na posição de chegar ao título, seria Miguel Marques e Renato Machado (MM6018 Parts 4×4/ Americana Papelaria) a conquistarem o título ao terminar na terceira posição: “Conseguimos acabar, não na posição que queríamos, mas serviu para cumprir objetivos, ser campeões. Mesmo com todos os percalços, desde capotanços, apoios de motor partido, alcançamos o que ambicionávamos”, referiu no final Miguel Marques.Antonio Silva e Flávio Gomes (Canelas Pneus) a somarem o maior número de pontos no segundo posto, dado que a dupla vencedora, a jogar em casa: Diogo Mendes/Tiago Alves da Tuff4x4 não pontuavam: “A prova correu bem, ficámos à porta do título e lutamos sempre a dar tudo, infelizmente não foi possível chegar ao título. A pista estava muito boa, espetacular. Apenas um percalço já na parte final na zona das rampas, ficou mais complicado lá passar”, afirmou António Silva.Luís Bacelo e Hugo Martins estavam bem encaminhados, ao conseguirem a “pole position” mas bem cedo cederam devido a problema com o guincho e a bateria. Problemas mecânicos também hipotecaram os lugares mais cimeiros ao até então líder, António Moreira e André Neves (valclima), quedando-se pela quarta posição final (terceiro nos pontuáveis). Com este resultado assegurou o vice-campeonato, em igualdade pontual com a dupla da “Canelas Pneus” e menos um ponto, apenas, dos campeões. Abstraídos desta luta, Diogo Mendes e Tiago Alves, impuseram-se a toda a concorrência dando um “recital” de condução, num regresso esporádico ao CPT4x4: “Não podemos estar mais satisfeitos. Não foi uma prova fácil, mas, conseguimos chegar ao lugar pretendido. Sem problemas de maior, apenas furámos um pneu, de resto, tudo impecável. A equipa continua firme, estão todos de parabéns, todos os que nos ajudaram, todos os que nos apoiaram. Sem eles nada disto era possível. Vamos ver se é para continuar. Com um passo de cada vez vamos a ver se dá para continuar… Estamos juntos”, salientaram em sintonia, Diogo e Tiago. Já com tudo resolvido em termos de campeonato, favorável à dupla da Transgatão, Filipe Ribeiro e Alexandre Santos (HelderFil), vingaram o abandono da última ronda em Lordelo